Esse site utiliza cookies
Professoras de três universidades chilenas em visita à UFT projetam acordos de cooperação interinstitucionais
Em visita à Reitoria e ao Câmpus da UFT em Palmas na última quinta-feira (3), as professoras Alejandra Bottinelli Wolleter, Mônica González García e Natalia Lopez, das universidades do Chile, Pontifícia Universidad Católica de Valparaíso e Diego Portales, respectivamente, sinalizaram positivamente para o estabelecimento de acordos de cooperação entre as universidades que representam e a Universidade Federal do Tocantins. Elas foram recebidas pelos pró-reitores de Graduação, Eduardo Cezari, e de Pesquisa e Pós-Graduação, Karylleila Andrade - representando o reitor Luís Eduardo Bovolato, além da representante da Coordenação de Relações Internacionais (Relinter) e Agência de Inovação da UFT (Inovato), Rayanne Rodrigues Pereira.
Além da visita à Reitoria, as docentes chilenas estiveram no Laboratório de Tecnologias 3D (Labtec), na Rádio Universitária (UFT FM) e também na sede da Agência de Inovação da Universidade (Inovato), no Câmpus de Palmas. Elas pontuaram, unânimes, o interesse das instituições que representam quanto ao possível estabelecimento de acordos de cooperação interinstitucionais.
Professora Natalia, da Universidad Diego Portales, disse que a região do Tocantins é muito importante não só para o Brasil, mas para toda a América Latina. "A possibilidade de acordo é, eu diria, de 100%, porque para a Universidade Diego Portales é realmente fundamental criar esses laços e convênios com universidades do Brasil, em geral, e com as universidades do norte, em particular". Ela ressaltou que, certamente, até o final de 2025 haverá um acordo entre as duas instituições.
Alejandra, da Universidade do Chile, agradeceu a acolhida na UFT e enfatizou o "imenso potencial de colaboração, especialmente nos campos dos desenvolvimentos interdisciplinares, em relação a temas cruciais para a atualidade". A docente chilena ressaltou ainda as dimensões do meio ambiente, da interculturalidade, da educação e da integração na diversidade como campos em que pode haver união entre as instituições. "Podemos construir inúmeras possibilidades de encontro entre nossos estudantes, onde a língua, a diferença de idioma, não seja um obstáculo, porque não é, mas sim uma potência de encontro, para que possamos reconhecer a dimensão cultural diferente do outro, o que por si só gera uma abertura de mundos".
Mónica destacou também o interesse da Pontifícia Universidad Católica de Valparaíso em um possível acordo de cooperação com a UFT. "Há tantas coisas interessantes aqui no Tocantins que vamos levar toda a nossa experiência para o Chile e há possibilidade de um acordo; minha instituição também tem interesse em fazer colaboração internacional", disse. Ela acredita que há muitas áreas disciplinares que são do interesse dos estudantes chilenos. "Por isso, vamos tentar fazer este acordo muito rapidamente para que nossos estudantes, e também os estudantes do Tocantins, da UFT, aproveitem a colaboração entre as duas instituições", frisou.
Internacionalização
Para o pró-reitor de Graduação, Eduardo Cezari, as visitas são fundamentais para os acordos de cooperação. "Para não só o intercâmbio dos estudantes, numa perspectiva da mobilidade acadêmica internacional, mas também, mais recentemente, tem aberta a possibilidade de a gente fazer o intercâmbio dentro dos próprios cursos, com a possibilidade de uma oferta, por exemplo, de componentes curriculares por professores das diferentes universidades", disse, complementando que acordos internacionais são oportunidades ímpares para a Universidade.
Karylleila Andrade, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, também ressaltou a importância das oportunidades geradas pelos acordos de cooperação. "É uma boa oportunidade para compartilhar essa biodiversidade e a diversidade cultural dos dois países", disse. A pró-reitora disse também esperar bons frutos dos acordos que poderão ser firmados, "para que nós possamos iniciar o mais rápido possível intercâmbios, não só de pesquisa mas também dos nossos estudantes", complementou.
A coordenadora substituta de Internacionalização da UFT, Rayanne Pereira, disse que os acordos de cooperação trazem muitos ganhos para a Universidade. "A gente consegue montar uma rede de conexão maior e também parcerias, novos grupos de pesquisa, e conhecer novas pessoas. Poderemos levar nossos estudantes, técnicos e docentes e também trazer novas pessoas para conhecer a UFT, além de descobrir nossos pontos fortes e novos pontos de investimento para a Universidade", disse.
A vinda das professoras chilenas foi viabilizada por intermédio de um projeto conjunto em que a professora Rejane de Souza Ferreira, do Câmpus de Porto Nacional, participa; o projeto se chama Poéticas e Políticas do Fim na América Latina Contemporânea e que promoveu, agora no início de julho, um seminário sobre a temática. "Esse é um projeto financiado pelo CNPq, do qual fazem parte 21 pesquisadores de universidades do Brasil e do Chile. Nosso grupo pesquisa as diferentes formas de fim, através das artes, da literatura, das mídias, e é um projeto interdisciplinar que dialoga também com escolas", explicou. Para ela, a vinda das docentes chilenas a Palmas, para uma conversa sobre as relações internacionais, teve o objetivo de buscar a continuidade do projeto, "e abrir novos projetos em parceria com universidades estrangeiras", disse.
De parte dos encontros também participaram o professor Erich Collicchio, do programa de pós-graduação em Agroenergia Digital, e Dimas Magalhães Neto, representando a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade.
Leia mais