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    Mulheres já representam 40% do público discente vinculado e 45% dos profissionais formados nas Engenharias da UFT
    CELEBRAÇÃO

    Mulheres já representam 40% do público discente vinculado e 45% dos profissionais formados nas Engenharias da UFT

    No dia 23 de junho, celebra-se o Dia Internacional das Mulheres nas Engenharias; comemoração ocorre desde 2014 em todo o mundo

    Por  Samuel Lima e Lidiane Machado  | Publicado em 23/06/2025 - 13:44  | Atualizado em 24/06/2025 - 17:44
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    Quatro em cada dez pessoas que estão atualmente em cursos de graduação nas área de Engenharia da UFT são do sexo feminino. Entre as pessoas que já se formaram o percentual é maior, chegando a 45% do total. Os dados são da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e foram levantados tendo como pano de fundo a celebração desta segunda-feira (23 de junho) que é o Dia Internacional das Mulheres nas Engenharias.

    Celebrado mundialmente, a data foi estabelecida pela Women´s Engineering Society (WES) (Sociedade de Mulheres Engenheiras do Reino Unido), em meados de 2014, pela necessidade de fortalecimento e celebração do espaço que as mulheres engenheiras vinham ganhando na profissão, majoritária e historicamente ocupada por homens.

    No Brasil, segundo as informações do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), atualmente há 230 mil profissionais registradas no Sistema, correspondendo a cerca de 20% do total de profissionais. Em 2019, apenas três regionais do Sistema Confea/Crea eram presididos por mulheres. A partir de 2020, o número subiu para seis e, atualmente, são oito as Regionais lideradas por engenheiras. No Tocantins, de acordo com dados do Conselho Regional (Crea/TO), o número de mulheres com formação em engenharia e registradas chega a 1.870. Levando-se em conta todas as modalidades previstas para inscrição no Conselho o total chega a 2.026 profissionais do sexo feminino, com maior presença nas área de Engenharia Civil (1.061) e Agronomia (449).

    De acordo com o presidente do Confea, Vinicius Marchese, os dados do Censo Confea revelam que uma transformação está em andamento: “Entre os profissionais com menos de 30 anos, uma em cada três é mulher. Já entre os mais velhos, acima de 60, elas representam apenas 12%. Isso revela que a renovação está vindo de baixo para cima, com uma nova geração de mulheres assumindo seu espaço e impulsionando mudanças”, observa.

    O Confea programou para esta segunda-feira uma celebração na sua sede, em Brasília, que terá transmissão ao vivo e gratuita pelo pelo canal de Youtube da entidade, a partir das 19h. Marchese ressalta ainda que a missão do Conselho é fomentar ambientes mais inclusivos e representativos: “Mais do que celebrar, o evento que o Confea está preparando é um convite à ação coletiva por mais oportunidades, visibilidade e respeito para as mulheres da engenharia, da agronomia e das geociências”, complementa.

    Presença feminina na UFT

    Na UFT, de acordo com os dados da Prograd, o curso de graduação - entre as engenharias - com a maior presença feminina é o de Agronomia (Gurupi), com 164 alunas vinculadas, seguida do curso de Engenharia Ambiental (Palmas), com 155 discentes; Engenharia de Alimentos com 139 alunas; Engenharia Civil com 112 vinculadas; Engenharia Florestal (Gurupi), com 85; Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (Gurupi), com 70 discentes; e Engenharia Elétrica (Palmas), com 57 estudantes.

    A professora Valéria Momenté atua como docente há 22 anos na UFT (Foto: Acervo Pessoal)
    A professora Valéria Momenté atua como docente há 22 anos na UFT (Foto: Acervo Pessoal)

    É no curso de Engenharia de Alimentos onde a proporção feminina é maior, chegando a 61,5%, que encontramos uma das docentes pioneiras da UFT, professora Valéria Gomes Momenté. "Sou engenheira agrônoma e professora há 22 anos na Universidade Federal do Tocantins. Minha trajetória na UFT começou no curso de Agronomia, onde atuei por cinco anos. Em 2008, fui removida para o curso de Engenharia de Alimentos, onde sigo contribuindo com a formação de futuros profissionais. Ser uma professora engenheira é algo muito especial. É ocupar um espaço onde exercemos, ao mesmo tempo, a técnica e o cuidado humano. Não ensinamos apenas fórmulas, cálculos ou processos. Ensinamos pela vivência e pelo compromisso com a sociedade", pontuou a docente. Para ela, ocupar o espaço é também um ato de inspiração para outras mulheres e meninas que chegam à graduação.

    Cláudia foi discente em Engenharia de Alimentos na UFT e hoje dá aulas no mesmo curso (Foto: Virginia Magrin/Acervo Sucom)
    Cláudia foi discente em Engenharia de Alimentos na UFT e hoje dá aulas no mesmo curso (Foto: Virginia Magrin/Acervo Sucom)

    Outra docente, que foi aluna da graduação na UFT (Engenharia de Alimentos) e agora exerce a docência no curso, é Cláudia Auler. "Ainda enfrentamos barreiras, muitas vezes sutis, que vão desde a baixa representatividade em cargos de liderança até estereótipos de gênero que ainda persistem. Mas cada mulher que ingressa e permanece na engenharia ajuda a romper esses padrões. A presença feminina nas engenharias amplia as perspectivas, enriquece as soluções e traz novos olhares para os desafios da área. Por isso, mais do que celebrar a data, é fundamental fortalecer políticas e ambientes que acolham, incentivem e valorizem a atuação das mulheres nesse campo.

    Formada há pouco menos de um ano, a engenheira de alimentos Kércia Sabino atua como bolsista no Projeto Aquagenômica, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria (Embrapa), no Tocantins. Ela acredita que "com o tempo essa barreira entre masculino e feminino vai perder força, sim! As pessoas estão começando a valorizar mais o caráter, a responsabilidade, o jeito de ser, do que simplesmente o gênero. Claro que ainda existe diferença, mas quando tem respeito e maturidade, isso vai ficando cada vez menos relevante. O que realmente importa é quem a pessoa é como profissional, não se é homem ou mulher.

    Kércia Sabino é engenheira de alimentos formada pela UFT e Aline Silva é graduanda em Engenharia Civil (Fotos: Arquivo Pessoal / Montagem: Sucom)
    Kércia Sabino é engenheira de alimentos formada pela UFT e Aline Silva é graduanda em Engenharia Civil (Fotos: Arquivo Pessoal / Montagem: Sucom)

    A estudante Aline Silva, do curso de Engenharia Civil da UFT (Câmpus de Palmas), contou dos desafios de estar em um espaço com poucas mulheres. "Trilhar e ocupar um espaço onde sempre houve predominância masculina é desafiador, pois somos colocadas à prova todos os dias. Não começa no mercado de trabalho, comigo começou na sala de aula; houve momentos em que me falaram que eu não conseguiria acompanhar os outros colegas, falaram que não deveria comparar meu conhecimento com o de outros colegas, visto que sou mãe e esposa, então tive que lutar para provar que não vivo de rótulos. E assim é a vida de muitas mulheres dentro da engenharia. Escolhi e escolheria mil vezes trilhar esse caminho pois sempre foi o meu sonho!", disse, complementando que "Se você quer, você pode, só depende de um único ser, você mesma, e é o único padrão comparativo entre o antes e depois da sua própria vida!". (Com informações das Assessorias de Imprensa do Confea e do Crea/TO)

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    Tags:  Engenharia Ambiental,  Engenharia Civil,  Engenharia Elétrica,  Engenharia de Alimentos,  Engenharia Florestal,  Engenharia de Bioprocessos e Biotenologia,  Agronomia,  Engenharias,  Palmas,  Gurupi.  
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