Estrutura Curricular

Ementa:

A disciplina tem por objetivo discutir perspectivas teóricas de contraposição colonial, a partir do movimento negro/afrodescendente contemporâneo como ponto de partida para problematizar as resistências teóricas ao colonialismo, a partir da perspectiva do anticolonialismo, pensamento póscolonial, pensamento decolonial, feminismo negro e outras relacionadas às relações raciais. Além de aportar elementos conceituais e históricos que permitam abordar desde enfoques críticos e interseccionais dos processos de racializacão das populações afrodescendentes e seus efeitos na vida social e cotidiana.

Bibliografia Básica:

ANDREWS, George Reid. DESIGUALDADE: RAÇA, CLASSE E GÊNERO In. Andrews, George Reid (Org) Estudos afro-latino-americanos: uma introdução / – Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2018.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo brasileiro. Rio de Janeiro, n. 92/93 (jan./jun), p. 69-82, 1988.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: A colonialidade do saber:eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. 2005. (Disponível em: http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf

SEGATO. Rita. Os rios profundos da raça latino-americana: uma releitura da mestiçagem. In Crítica da colonialidade em oito ensaios – E uma antropologia por demanda. Bazar do Tempo, Rio de Janeiro, 2021.

Ementa:

Introduzir as categorias classe, raça e gênero nos estudos sobre arquitetura e cidade, destacando a tripla invisibilidade das arquitetas negras; a partir das teorias feministas afro-latino-americanas, tendo o corpo como escala de análise; o pensamento e a prática sobre as cidades e a população LGBTQIAP+; experiências contra hegemônicas no espaço urbano, manifestações antirracistas e sua contextualização no campo dos ativismos digitais.

Bibliografia Básica:

COL.LECTIU PUNT 6. Urbanismo feminista. Por uma transformación radical de los espaços de vida. 1ªed. Barcelona: Virus. 2019.

DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. Trad. Heci Regina Candiani. 1ªed. São Paulo: Boitempo, 2016.

GONZALEZ, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano: Ensaios, Intervenções e Diálogos, Rio Janeiro: Zahar, 2020.

LOEB, Rodrigo; LIMA, Ana. Cidade, gênero e infância. São Paulo: Romano Guerra, 2022. MATOS, Gabriela (Org.). Arquitetas Negras. Vol. 1, 1° Edição, São Paulo; Editora Bendito Ofício, 2019.

MOASSAB, Andréia e NAME, Leo (org). Por um ensino insurgente em arquitetura e urbanismo. Foz do Iguaçu: Edunila, 2020.

VERGÈS, Francoise. Um feminismo decolonial. Trad. Jamille Pinheiro Dias e Raqual Camargo. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

Ementa:

Produção e crítica da arquitetura e da cidade na América Latina. Dimensão cultural e simbólica da arquitetura e da cidade. Construção de identidades. Vanguardas artísticas. Pensamento decolonial e conformação do campo disciplinar da arquitetura e do urbanismo na América Latina.

Bibliografia Básica:

ARAVECCHIA-BOTAS, Nilce A. O pensamento decolonial - caminhos para o ensino de arquitetura na América Latina. In: América. Revista da pós-graduação da Escola da Cidade. São Paulo, Editora da Cidade, dez. 2018, pp. 76-81

GORELIK, Adrián. Das Vanguardas a Brasília Cultura Urbana e Arquitetura na América Latina. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

MOASSAB, Andréia; NAME, Leo. Por um ensino insurgente em arquitetura e urbanismo. Edunila, 2020.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANGER, Edgardo. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 2005.

WAISMAN, Marina. O Interior da História: Historiografia Arquitetônica para Uso de LatinoAmericanos. [Tradução de Anita Di Marco]. São Paulo: Perspectiva, 2013.

Ementa:

Transmitir, formar e fundamentar uma base de conhecimento teórico-metodológico sobre o pensamento feminista latinoamericano e caribenho. Pensar a região em distintas vertentes epistemológicas do pensamento feminista que permitam multienfoques interdisciplinares e comparativos e interpretações diversas é o objetivo específico. A disciplina centra-se no estudo das mudanças do pensamento latinoamericano no que concerne aos processos de integração, às transformações sociais, políticas e culturais tomando como referência autoras reconhecidas pela literatura crítica, intelectuais ou representantes de movimentos sociais e políticos da região ou internacionais que pensaram e/ou pensam e analisam as sociedades da região e suas características na perspectiva de gênero.

Bibliografia Básica:

BARRITEAU, Violet Eudine. “Aportaciones del feminismo negro al pensamiento feminista: una perspectiva caribenha”. In: GUZMÁN, Alejandra de Santiago. BORJA, Edith Caballero. ORTUÑO, Gabriela González. (Eds.). Mujeres Intelectuales: feminismos y liberación en América Latina Y el Caribe. Buenos Aires: Clacso, 2017. Disponível em:http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20170728011718/Antologia_Mujeres_Intelectuales.p df. Acesso em: 10 de julho de 2020. ISBN 978-987-722-247-0.

CURIEL, Ochy. “Descolonizando el feminismo: una perspectiva desde America Latina y el Caribe”. In: Primer Coloquio Latinoamericano sobre Praxis y Pensamiento Feminista. Buenos Aires: 2009, s/p.

WALSH, Catherine. Interculturalidad, Estado, Sociedad: luchas (de)coloniales de nuestra época. Universidad Andina Simón Bolivar. Quito: Ediciones Abya-Yala, 2009, p. 14-15. Disponível em: <https://www.flacsoandes.edu.ec/interculturalidad/wp-content/uploads/2012/01/Interculturalidad-estado-y-sociedad.pdf>. Acesso em: 9 jul. 2020.

Ementa:

Os processos civilizatórios e a diferença entre civilização e cultura. História e memória social dos povos Latino-Americanos e sua cultura. Ocupação dos europeus na América Latina. A visão teórica do etnocentrismo e eurocentrismo.

Bibliografia Básica:

Elias, Norbert. O Processo civilizador. Uma História dos Costumes. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1994.

HAESBAERT, Rogério. Concepções de territórios para entender a desterritorialização. In: Santos, M. e Vários autores. Território, Territórios. Ensaios sobre o ordenamento territorial (pp. 43-70). Rio de Janeiro: DP & A, 2022.

MORAES, Antonio Carlos Robert. A afirmação da territorialidade estatal no Brasil: Uma introdução. In: Lemos, A.I.G., Silveira, M. L. e Arroyo, M. (Org.) Questões territoriais na América Latina (pp 43-53). São Paulo: CLACSO, Universidade de São Paulo, 2006.

SANTOS, Milton. Ensaios sobre a urbanização latinoamericana. São Paulo: Editora HUCITEC, 1982.

Ementa:

Ciências Sociais Latino-Americanas e Caribenhas e suas particularidades como construção de conhecimento e seu posicionamento no interior do campo científico; as especificidades do conhecimento científico nas Ciências Sociais (Sociologia e Antropologia); condições históricas em que surgiram como ciências – suas perspectivas, objetos, principais métodos e abordagens na investigação; o desenvolvimento e institucionalização das Ciências Latino-Americanas e Caribenhas, desde a segunda metade do século XX – entorno histórico, particularidades metodológicas, objetos de estudo, sua sólida produção e perspectivas teórico-intelectuais.

Bibliografia Básica:

POBLETE, Juan (org). Nuevos acercamientos a los estúdios latino-americanos. Buenos Aires/Ciudad de Mexico: Clacso, 2021.

MATO, Daniel (org). Estudios latino-americanos sobre cultura y transformaciones sociales em tempos de globalización. Buenos Aires: Clacso, 2001.

CASANOVA, Pablo Gonzalez. De la sociologia del poder a la sociologia de la explotación: pensar América Latina en el siglo XXI. Buenos Aires, Clacso, 2015.

BALLESTRINI, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, nº11. Brasília, maio/agosto de 2013, pp. 89-117.

Ementa:

Imperialismo. Capitalismo Dependente. Superexploração do trabalho, Estado e lutas sociais na América Latina e Caribe e seus impactos socioterritoriais.

Bibliografia Básica:

BORÓN, Atilio A. A transição para a democracia na América Latina: problemas e perspectivas. In: Estado, capitalismo e democracia na América Latina. 2ªed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

FERNANDES, Florestan. Classes sociais na América Latina. In: Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina. 4.ed. São Paulo: Global, 2009.

SAMPAIO JR, Plínio de Arruda. Imperialismo, reversão neocolonial e revolução na América Latina. In: Encruzilhadas da América Latina no século XXI. Rio de Janeiro: Pão e Rosas, 2010.

Ementa:

Pesquisa teórico-empírica. Pesquisa teórico-metodológica. Pesquisa bibliográfica. Abordagens qualitativas e quantitativas. Possibilidades investigativas e alternativas metodológicas: pesquisaação, pesquisa participante, etnografia, estudo de caso, dialética materialista, estruturalismo e fenomenologia. Observação, coleta e interpretação de dados. Normas da ABNT.

Bibliografia Básica:

MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2021.

MARCONI, Maria de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2022.

MINAYO, Maria Cecília de Souza, DESLANDES, Suely Ferreira, GOMES, Romeu. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2016.

Ementa:

História do pensamento econômico latino-americano. Principais correntes teóricas. O pensamento latino-americano e a teoria do desenvolvimento e do subdesenvolvimento.

Bibliografia Básica:

BIELSCHOWSKY, R. Cinquenta anos de pensamento na CEPAL. Editora Record, Rio de Janeiro, 2000. Volumes 1 e 2.

BIELSCHOWSKY, R. Pensamento Econômico Brasileiro – o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. Editora Contraponto, Rio de Janeiro, 2000.

FURTADO, C. Desenvolvimento e Subdesenvolvimento, Contraponto Editora, 2009.

Ementa:

Linha histórica do pensamento social na América Latina. Principais correntes teóricas. A influência do positivismo. A perspectiva marxista no pós-colonialismo.

Bibliografia Básica:

CARDOSO, F. H.; FALETTO, E. Dependência e desenvolvimento na América Latina. LTC, 1996 DUSSEL, E. Oito Ensaios sobre cultura latinoamericana e libertação. Editorial Paulinas, São Paulo, 1997, 229 p.

IANNI, O. Enigmas do pensamento latinoamericano. São Paulo: IEA/USP, 2002.

SANTOS, B. Refundación del estado em América Latina. Relaju, 2010.

Ementa:

Arqueologia dos Povos Indígenas da Amazônia. Formação histórica do capitalismo, do colonialismo e do sistema internacional de Estados. Genocídios e diásporas indígenas. Escravidão Indígenas, Violência Colonial, Resistência Anticolonial e Isolamento Voluntário. Soberanias Indígenas, Autodeterminação dos Povos e Direito à Terra. Intersecções entre Povos Indígenas e Política Global: Conservação das Florestas, Biodiversidade, e combate às Mudanças Climáticas no Antropoceno.

Bibliografia Básica:

BEIER, J. M. International relations in uncommon places: indigeneity, cosmology, and the limits of international theory. New York: Palgrave Macmillan, 2005.

BONILLA, Heraclio (Ed.). Os conquistados: 1492 e a população indígena das Américas. São Paulo: Hucitec, 2006. (Tradução de Magda Lopes).

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã Yanomami. Ed. Cia. das Letras, 2015.

LIGHTFOOT, Sheryl. Global indigenous politics: a subtle revolution. New York: Routledge, 2017.

Ementa:

Discutir de forma crítica a submissão do Estado brasileiro ao sistema interamericano de Direitos humanos e suas repercussões jurídicas, especificamente sob o enfoque do acesso à justiça para proteção dos direitos tutelados, envolvendo aí as propriedades comunais, dos povos originários e tradicionais, além de outras situações decorrentes de conflitos agrários, como os deslocamentos forçados, conflitos militarizados, interesses da mineração, dentre outros, com repercussão no direito interamericano. Esta disciplina objetiva expor as origens e as premissas fundantes da proteção internacional de direitos hoje vigente, com a virada da modernidade no século XV, com a chegada do Europeu às Américas. O objetivo é estabelecer leitura doutrinária latinoamericanista e caribenha, que transcenda a perspectiva soberanista ou mesmo universalista sobre o tema e, buscar desenvolver uma identidade de pensamento sobre o valor normativo da Convenção interamericana e seu sistema e os mecanismos nacionais de efetivação dos direitos fundamentais tutelados.

Bibliografia Básica:

ATTIÉ JR., Alfredo et al. O Aporte da Interseccionalidade e da Decolonialidade ao caso Povo Xucuru Vs. Brazil julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Revista Polifonia, São Paulo, n. 3, p. 81-115, mar./set., 2019. Disponível em: https://apd.org.br/wpcontent/uploads/2019/08/revista-apd-3-pag-81-115.pdf Acesso em: 02 fev. 2022.

CALDERÓN GAMBOA, Jorge. Pueblos Indígenas y Medio Ambiente en la jurisprudência de la Corte Interamericana de Derechos Humanos: un desafio verde.

CAMBI, Eduardo Augusto Salomão; PADILHA, Elisângela; RORATO, Pedro Gustavo Mantoan. Os precedentes da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre terras indígenas e a adoção da teoria do indigenato. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, DF, v. 11, n. 2, p. 647-663, ago. 2011.Disponível em: https://www.publicacoes.uniceub.br/RBPP/article/view/7393 Acesso em: 17 set. 2022.

CASTRO-GÓMEZ, Santiago. La hybris del punto cero: ciencia, raza e ilustración en la Nueva Granada (1750-1816). Bogotá: Editora Pontificia Universidad Javeriana, 2005.

CONCEIÇÃO, Ísis Aparecida. Epistemologias, Interseccionalidades e intelectualidades: o gênero e a raça no espaço jurídico. In: XXVII Encontro Nacional do CONPEDI, 2018, Salvador. Direito Internacional dos Direitos Humanos I. Florianópolis: CONPEDI, 2018, v. 1, p. 285-303.

Ementa:

Elaboração e preparação de artigo científico. Adequação às normas estabelecidas pela Revista Desafios (http://revista.uft.edu.br/index.php/desafios).

Bibliografia Básica:

As referências devem ser escritas conforme o Manual de Normalização para Elaboração de Trabalhos Acadêmico-Científicos da UFT, 2ª edição revista e atualizada – 2022. Disponível em: https://docs.uft.edu.br/share/s/tWtsvJD7TweKkuaA1ENIlA