Esse site utiliza cookies
UFT leva projetos de pesquisa à Agrotins 2025 com foco na inovação
Presente no maior evento de agronegócio da região norte do Tocantins, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) levou grandes projetos que indicam o compromisso da Instituição com o ensino e a inovação. Nosso estande recebeu, entre 13 e 16 de maio, apresentações de iniciativas do Programa de Pós-Graduação em Agroenergia Digital (PPGAD), do Programa de Educação Tutorial (PET) de Engenharia de Alimentos e do Projeto Lepidonella zeppelinii de Engenharia Ambiental, Agronomia e do PPG em Produção Vegetal, além da participação de Empresas Juniores de diferentes cursos, que também trouxeram propostas inovadoras com foco em energia, gestão, arquitetura e engenharia aplicadas ao setor agropecuário. As iniciativas mostraram soluções práticas para o agronegócio, com foco em energia, automação e produção de alimentos.
Realizada anualmente em Palmas, capital do Tocantins, a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins) 2025, se configura como um importante palco para a exposição de inovações, máquinas, produtos e serviços voltados para o agronegócio, reunindo produtores e empresas, além de pesquisadores e estudantes como os nossos. Apresentando suas tecnologias, projetos de pesquisa e ações de extensão desenvolvidas, a Universidade promove a interação entre a academia e o setor produtivo, além de divulgar o conhecimento científico e tecnológico para o desenvolvimento do agronegócio tocantinense. E era exatamente isso que os pós-graduandos Rafael Botelho e JG Rio Serra estavam fazendo no evento.
Direto do mestrado em Agroenergia Digital, os pós-graduandos levaram o tema da sustentabilidade e produção de energia renovável por meio de material orgânico, conhecimento e experimento este realizado por eles no curso. Com recursos retirados de alimentos, como batata doce, macaúba, coco babaçu e entre outros, encontraram uma nova fonte de etanol e carvão com uma combustão melhor em comparação com outros. E para Rio Serra, essa é a importância de estar presente naquele espaço. “Como a agroenergia está focada em prover a sustentabilidade sem perder o foco na economia e usabilidade dos meios de produção do agro, ter esse encontro e debate sobre combustíveis renováveis com eles têm potencial para trazer grandes melhorias para todos e, principalmente, para o meio ambiente.”, disse ele.
Um olhar para o impacto dos agrotóxicos no meio ambiente...
Pesquisadores apresentaram na Agrotins o projeto Lepidonella zeppelinii, orientado pela professora Vanessa Bezerra, com participação de alunos da Pós-Graduação em Produção Vegetal e acadêmicos dos cursos de Engenharia Ambiental e Agronomia. O projeto propõe uma nova forma de avaliar os efeitos dos agrotóxicos no Cerrado.
Hoje, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é o responsável pela regulamentação dessas substâncias no Brasil, no que diz respeito a avaliação dos impactos no ambiente. Para isso, utiliza as respostas obtidas com a exposição de organismos como a minhoca Eisenia andrei e microrganismos, que representam os seres do solo. No entanto, pesquisas apontam para a necessidade de usar espécies mais sensíveis e mais próximas da realidade, especialmente para biomas brasileiros, como o Cerrado.
Nesse cenário, os colêmbolos, pequenos artrópodes do solo surgem como alternativa. A espécie mais usada nesses testes é a Folsomia candida, adaptada a condições de clima temperado. Isso levanta dúvidas sobre sua representatividade para ambientes tropicais. Para investigar, os pesquisadores coletaram uma espécie nativa de colêmbolo em um sistema agroflorestal em Caseara (TO). A espécie foi cultivada em laboratório e identificada como Lepidonella zeppelinii Soto-Adames & Bellini. Agora, ela será testada e comparada com a Folsomia candida para identificar se há diferença nos resultados quanto à exposição aos agrotóxicos.
Pensando nesse cuidado com o solo e os impactos do uso de agrotóxicos, a acadêmica Milena Cristina Azevedo explica: "Nosso objetivo é propor uma espécie nativa do Cerrado como ferramenta para avaliar os impactos dos agrotóxicos no solo, já que a espécie atualmente utilizada, a Folsomia candida, vem de clima temperado e pode não representar bem a nossa realidade tropical."
A proposta busca melhorar a forma como se avalia o impacto ambiental nas regiões tropicais. Segundo os pesquisadores, apresentar o estudo na Agrotins é importante porque a feira reúne produtores e técnicos do setor agropecuário, onde o uso de agrotóxicos é alto. A ideia é estimular práticas mais sustentáveis e gerar dados que possam ajudar o Ibama a revisar seus critérios de análise para o Cerrado.
Alimentação saudável e nutritiva…
Com a rotina atual em nossa sociedade, uma alimentação saudável e bastante nutritiva nunca foi tão essencial. Este cenário foi percebido pelos acadêmicos de Engenharia de Alimentos, integrantes do Programa de Educação Tutorial (PET) sob orientação do professor Abraham Zuniga. Para a Agrotins, o grupo desenvolveu um lanche de grão de bico com adição de açaí, outro temperado e uma rosca húngara com adição de soro de leite. Nos laboratórios da Universidade, Ana Beatriz, Aryson Serpa, Herika Adorno, Felipe Ferreira, Gabriel Matsuura, Valéria Pereira, Kauã Marques e Milena Pinheiro aplicaram seus conhecimentos e exploraram o empreendedorismo para vender no evento.
Em seu terceiro ano expondo as produções, Herika afirmou que em todos os anos que o curso participou da Agrotins, um produto diferente foi apresentado. “Esse é o meu terceiro ano vendendo aqui na Agrotins. Ano passado trouxemos a Chuchuba, uma jujuba feita a partir do legume chuchu, produto este que vendemos demais e surpreendeu os visitantes.”, afirmou. Para ela, o diferencial da edição deste ano ainda está nas vendas, mas também na estrutura: “Esse ano está melhor pra vender e a própria estrutura aqui também está mais legal.”
Inovação incentivada pela Inovato...
Para impulsionar a participação estudantil e destacar as iniciativas de pesquisa, ensino, extensão e inovação da UFT na Agrotins, a Agência de Inovação lançou, no início de maio, um edital para selecionar expositores para ficar no estande da Universidade durante o evento. Com resultados divulgados no dia 12 de maio, foram escolhidas seis propostas que contaram, ao todo, com 13 expositores representando nossa instituição.