Universidade Federal do Tocantins contribui na publicação dos Cadernos de Evidências em Direitos Humanos

A Universidade Federal do Tocantins contribuiu para a construção dos Cadernos de Evidência sem Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A publicação, construída via Rede Nacional de Evidências em Direitos Humanos (ReneDH), foi lançada no último dia 25 de junho (acesse a obra no link abaixo), e traz destaque para a temática da pessoa idosa.

Acesse a publicação

Segundo a professora Gleidy Braga, do colegiado do curso de Direito (Câmpus de Palmas), a participação da UFT na publicação foi realizada por meio da Clínica de Direitos Humanos Dona Raimunda Quebradeira de Coco, que é um projeto de extensão vinculado ao curso de Direito do Câmpus de Palmas. Gleidy é coordenadora da Clínica de Direitos Humanos do curso de graduação em Direito.

A participação efetiva da docente da UFT foi no Grupo de Trabalho 2, responsável pela construção do Mapa de Evidências. Conforme Gleidy, "o Mapa de Evidências é uma ferramenta essencial pois nos permite organizar a produção científica sobre um tema específico de forma simplificada. Diferentemente de outros tipos de estudos, ele não busca responder a uma pergunta específica, mas sim mapear o conhecimento disponível, identificando as principais temáticas, os resultados já reportados e, crucialmente, as lacunas de pesquisa. No nosso caso, os estudos em direitos humanos da pessoa idosa". Segundo Gleidy, o Mapa de Evidências foi elaborado por meio da definição do tema, busca e seleção de estudos, extração e categorização de dados, construção visual e revisão final com foco nos direitos da pessoa idosa.

Para a docente Gleidy, o impacto da publicação na sociedade ocorrerá de forma direta e significativa. "Em particular para as pessoas idosas, que são o foco de nosso Grupo de Trabalho. O propósito fundamental da ReneDH e da produção desses cadernos é subsidiar a tomada de decisão em políticas públicas de direitos humanos e de cidadania com informações estratégicas e evidências. Sem dúvida, o Mapa de Evidências fortalece políticas públicas, aponta lacunas de pesquisa, promove transparência e diálogo interinstitucional, e reforça os direitos humanos das pessoas idosas", afirmou.

Construção colaborativa

O objetivo principal da iniciativa é disseminar os estudos realizados pela ReneDH em seu primeiro ciclo, que teve início em março de 2024 e foi concluído em fevereiro de 2025. Os sete estudos reunidos na coletânea foram elaborados de forma colaborativa por diversas instituições participantes da Rede, e cada um deles aborda temas considerados prioritários para as políticas de direitos humanos, definidos a partir da Agenda de Prioridades de Pesquisa em Direitos Humanos, disponível no site do Ministério.

As pesquisas são apresentadas em forma de sínteses de evidências, em diferentes formatos, e refletem os resultados de levantamentos realizados na literatura científica e técnica sobre os temas escolhidos. De acordo com o coordenador-geral de Indicadores e Evidências em Direitos Humanos do MDHC, Pedro de Lemos, os estudos têm como foco contribuir para a formulação de políticas públicas mais eficazes, com base em dados concretos e análises consistentes.

“Essas iniciativas fortalecem a construção das políticas de direitos humanos no Brasil, na medida em que trazem subsídios para a tomada de decisões pelos gestores e gestoras das políticas de direitos humanos. O uso de evidências nesse contexto ajuda a aprimorar as políticas, tornando-as cada vez mais adequadas às necessidades das pessoas”, explica ele.

Em fevereiro de 2024, a UFT marcou presença no Encontro de Evidências em Direitos Humanos: construindo futuros para todas as pessoas, em Brasília. A pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Maria Santana Santos, representou a instituição no evento, apresentando as iniciativas desenvolvidas no estado.  Na ocasião, ela reforçou o papel da universidade: "Nossa participação consolida o compromisso da UFT com a produção de conhecimento aplicado à garantia de direitos no Tocantins. Reconhecemos o esforço de todos os envolvidos nesta construção coletiva". (Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MDHC e da professora Gleidy Braga)