Ir para o conteúdoIr para a navegaçãoIr para o rodapé
logo
Acesso Rápido
Acesso à InformaçãoComunicaçãoConcursos e SeleçõesLocalização e ContatosOuvidoria
 Entrar
Universidade Federal do Tocantins
Logo UFTUniversidade Federal do Tocantins
    Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative Commons Atribuição-SemDerivações 3.0
    Notícias
    Psicóloga destaca a importância do acolhimento responsável para as vítimas de assédios
    AÇÃO INSTITUCIONAL

    Psicóloga destaca a importância do acolhimento responsável para as vítimas de assédios

    Em entrevista ao Portal da UFT, a professora Dr.ª Juliana Biazze fala das consequências de um assédio e da importância do acolhimento adequado

    Por  Karyne Assunção (Ouvidoria) | Edição e Revisão: Samuel Lima (Sucom)  | Publicado em 22/08/2025 - 19:45  | Atualizado em 22/08/2025 - 20:18
    Compartilhe:

    No processo de enfrentamento do assédio, seja sexual ou moral, saber identificar o tipo de violência que se está sofrendo não é suficiente: é preciso ser acolhido e principalmente, entender que há vida após ser vítima dessas violências.

    A professora e psicóloga Juliana Biazze, que ministrou a oficina de acolhimento às pessoas em situação de violência, no último dia 7 de agosto, dentro das ações da campanha “Assédio não passa”, retorna ao Portal da UFT para falar sobre os desafios do processo de acolhimento, consequências de um assédio e os primeiros passos para a superação do trauma.

    Juliana Biazze (em pé) durante palestra sobre acolhimento às pessoas em situação de violência (Foto: Karyne Assunção / Ouvidoria)
    Juliana Biazze (em pé) durante palestra sobre acolhimento às pessoas em situação de violência (Foto: Karyne Assunção / Ouvidoria)

    Os impactos (físicos e mentais) da violência

    O sofrimento imposto à uma vítima de assédio nem sempre se encerra junto do ato violento, Drª Juliana explica que as consequências de um assédio podem ser transferidas para diferentes áreas da vida de uma pessoa, afetando desde o desempenho acadêmico até a autoestima da vítima: “uma pessoa que sofre violência, seja ela moral ou sexual, pode impactar no baixo rendimento acadêmico, na desmotivação e até no próprio processo de evasão do ensino superior”, complementou a psicóloga. 

    Entre as principais consequências mentais de um assédio estão: quadros de ansiedade, depressão, fobias de situações associadas à violência; autoestima baixa, dificuldades nos relacionamentos sociais e afetivos, etc. Além das consequências psicológicas, a vítima pode também ser acometida por sintomas físicos: insônia, falta de apetite, alergias, e, nos casos mais sérios de violência sexual, pode haver a contaminação por doenças infectocontagiosas e até mesmo uma gravidez indesejada.

    Apesar da severidade de muitas dessas consequências, é possível proporcionar à pessoa que foi vítima de violência um “depois”, através da recuperação de direitos humanos básicos, do acolhimento e do acesso a serviços de saúde, principalmente de categoria mental.  

    “As pessoas que sofrem violência precisam encontrar formas de superação dessas marcas produzidas pela violência e essas formas de superação tem uma relação direta com acesso aos direitos sociais, com acesso ao lazer, ao trabalho, ao cuidado em relação à saúde.. [...] é importante que elas tenham um tempo de autocuidado, que possam realizar atividades que produzam prazer, para que elas consigam seguir as suas vidas apesar das experiências de violência que produzem sofrimentos”, diz Juliana.

    A importância do acolhimento humanizado

    Um dos principais desafios durante o acolhimento a uma pessoa que sofreu um assédio é não submeter a vítima a reviver o momento traumático diversas vezes ao relatar o ocorrido, ou até mesmo forçá-la a conviver com o agressor como forma de “apaziguar” a situação, por exemplo. Este processo é conhecido como “revitimização” e pode vir a ser mais uma consequência do assédio.

    Neste assunto, a Drª Juliana complementa que relatar os fatos pode trazer sentimentos negativos, mas que, durante uma escuta responsável e humanizada, a pessoa tem a oportunidade de pensar quais são os caminhos que ela pode seguir para a superação da violência sofrida. E na capacitação do dia 7 de agosto, as servidoras que integrarão os grupos de apoio da Ouvidoria da Mulher puderam entender, com a própria Drª Juliana Biazze, como fazer o processo de escuta da maneira mais indolor possível para a vítima, usando as diretrizes do Humaniza SUS como guia.


    Tags:  Assedio não passa,  Ouvidoria,  Progedep,  Prograd,  Camu,  Direitos Humanos,  Psicologia.  
    Compartilhe:

    Atenção!

    Esse site utiliza cookies

    Esse site faz uso de cookies

    CÂMPUS
    CURSOS
    GESTÃO
    Redes Sociais

    Universidade Federal do Tocantins

    Todo conteúdo do site está publicado sob a licença Creative Commons - 1.1.49.