Projeto Techinclusão oferece oportunidades a jovens indígenas do Tocantins

A Universidade Federal do Tocantins (UFT) está proporcionando capacitação tecnológica a 87 estudantes indígenas, por meio do Projeto de Extensão, Techinclusão. Atendidos no polo de Tocantínia, esses jovens estão aprendendo a atuar com criação de sites.

Alunos do projeto estão aprendendo a atuar na criação de sites (Foto: Ascom Techinclusão)

“Estamos trabalhando junto com os instrutores e o coordenador do polo para que esses jovens concluam o curso com a capacidade de seguir nessa área ou aplicar o conhecimento adquirido em outras profissões que decidirem seguir”, destacou George França, coordenador-geral do Techinclusão.

O Curso

As aulas ocorrem no Centro de Ensino Médio Xerente Warã (Cemil-Warã). O professor Léo Sampaio, coordenador do polo, explica que a principal diferença em relação a outros polos é a língua materna. “Precisamos traduzir alguns termos, mas o material é bastante didático e, com as ilustrações, torna-se acessível ao universo deles”, afirma.

Oitenta e sete indígenas recebem a capacitação tecnológica (Foto: Ascom Techinclusão)

Os alunos receberam apostilas e acompanham os cursos de forma teórica e prática. No laboratório da unidade escolar, eles têm a oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido, desenvolvendo projetos reais e aprimorando suas habilidades tecnológicas.

O objetivo é que ao final do curso os estudantes apresentem projetos que contribuam com a valorização e fortalecimento dos saberes tradicionais da comunidade. “Eles deverão criar sites relacionados a cultura em português e na língua materna deles, que é o grande diferencial”, destaca o professor Leo.

O projeto Techinclusão atende jovens em situação de vulneravilidade social (Foto: Ascom Techinclusão)

Sobre o Techinclusão

O Techinclusão: Capacitação Tecnológica para a Transformação Profissional é vinculado ao Programa Manuel Querino de Qualificação Social e Profissional (PMQ) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ele atende jovens de 16 a 29 anos, prioritariamente em situação de vulnerabilidade social, sendo conduzido por instrutores selecionados em parceria com os municípios, instituições parceiras e o governo estadual.

A UFT desempenha um papel central na coordenação, desenvolvimento e execução do curso, proporcionando a expertise acadêmica e os recursos necessários para desenvolver os conteúdos didáticos, estruturar os módulos de ensino e garantir uma abordagem pedagógica de alta qualidade.