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    PNAB Busca Ativa Tocantins chega às aldeias mais populosas da Ilha do Bananal
    CONHECIMENTO & INOVAÇÃO

    PNAB Busca Ativa Tocantins chega às aldeias mais populosas da Ilha do Bananal

    Com programação para os próximos cinco dias, grupo atenderá duas das maiores aldeias no Estado

    Por  Kaio Costa | Edição: Paulo Lourenço e Revisão: Paulo Aires  | Publicado em 26/09/2024 - 19:23  | Atualizado em 26/09/2024 - 20:47
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    Equipe Sul da Busca Ativa PNAB no Tocantins chegou à aldeia Fontoura, na Ilha do Bananal, nesta quarta, 25 (Foto: Divulgação)

    A equipe do projeto “Transformando Conhecimento em Inovação: cultura, memória e arte” (Opaje/UFT) chegou na manhã desta quarta-feira, 25, à Aldeia Fontoura para auxiliar no cadastramento para o Edital de Cultura Indígena da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). Essa ação é parte da continuidade do trabalho em todo o território do Tocantins, que já visitou aldeias indígenas e comunidades quilombolas em várias regiões do estado.

    O projeto "Transformando Conhecimento em Inovação" busca promover a cultura no Tocantins em alinhamento com a PNAB. Suas metas incluem a busca ativa em comunidades indígenas e quilombolas, além de oferecer suporte para inscrições nos editais da PNAB 2024 e acompanhar a execução dos projetos aprovados. O projeto também se dedica a garantir acessibilidade e inclusão de grupos minoritários, como mulheres, negros e indígenas.

    A pró-reitora de Extensão da Universidade Federal do Tocantins (UFT), professora Maria Santana, uma das coordenadoras do projeto, destacou a importância de ações como essa em regiões remotas, como a Ilha do Bananal. "Levar o PNAB Busca Ativa até as comunidades indígenas dessa área é fundamental para garantir que essas populações tenham acesso às oportunidades de financiamento e apoio cultural. Nossa missão é assegurar que os recursos cheguem a essas aldeias, promovendo suas tradições e fortalecendo suas práticas culturais. Muitos indígenas não têm condições de acessar essas informações e editais sem esse suporte; por isso estar aqui é tão importante."

    O coordenador do Núcleo de Editais da Secretaria de Cultura (Secult), Tales Monteiro, destacou a importância de alcançar o público que reside em seus territórios. “É fundamental conseguir alcançar esse público que reside nos seus territórios tradicionais, que atua com a cultura nesses territórios através das suas manifestações culturais e seus rituais, tradições e expressões. Essa busca tem um objetivo primordial que é garantir o direito dessas pessoas ao acesso aos recursos para usufruir, preservar, desenvolver e ampliar a sua cultura. Então, tudo isso acaba contribuindo para a cidadania das pessoas, para a identidade cultural delas e para a cultura do Tocantins como um todo, porque elas são parte fundamental da cultura tocantinense”, afirmou.

    Imprevisto

    O grupo, composto por três agentes culturais e uma guia cedida pela Prefeitura de Lagoa da Confusão, partiu de Gurupi na manhã da terça-feira, 24, com destino à Aldeia Santa Isabel, na Ilha do Bananal. Contudo, ao chegar por volta das 23h, foram informados do falecimento de uma pessoa importante da comunidade, o que iniciou um luto de três dias, impossibilitando a execução das atividades planejadas. O cacique Tuila Silva Karajá acolheu o grupo, que descansou na aldeia e seguiu na manhã seguinte para a Aldeia Fontoura.

    A coordenadora da equipe da região Sul, Marcela Cristina, falou sobre as dificuldades enfrentadas no acesso à ilha e a relevância do projeto. "A viagem foi um grande desafio. No caminho, encontramos alguns focos de incêndio e tentamos apagar os primeiros, que eram pequenos. Mais à frente, o fogo era maior e não conseguimos controlar. Foi uma pressão para toda a equipe, mas chegamos e começamos a trabalhar. Não podemos sair até concluir tudo, já que o acesso é bastante complicado."

    Aldeia Fontoura

    Comandada pelo cacique Fernando Maurama Karajá, a Aldeia Fontoura, localizada na Ilha do Bananal, abriga 489 indígenas, segundo dados do Instituto Sócio Ambiental (ISA). O povo Iny Karajá é conhecido por suas tradições culturais e forte ligação com os rios Araguaia e Javaés, que circundam a região.

    A equipe também enfrenta outro desafio na comunicação, já que cerca de 90% dos indígenas da Aldeia Fontoura falam apenas a língua nativa. Para ajudar nas inscrições, o grupo conta com o suporte de dois intérpretes: Korati Karajá, agente de saúde indígena, e Eliseu Txikera, técnico de enfermagem da aldeia.

    Korati Karajá, ao falar sobre a importância do projeto, destacou o impacto positivo da ação na preservação das tradições locais: "Nós estamos muito contentes com a vinda desse projeto para a nossa aldeia. Ele é fundamental para que as novas gerações continuem aprendendo sobre nossas tradições, como o artesanato, que é passado de geração em geração. Aqui, fazemos colares, bandejas e outros objetos, e as mães e avós ensinam as crianças desde cedo. Esse apoio da Secretaria de Cultura vai ajudar a manter vivo o nosso conhecimento e a nossa história, além de abrir novas oportunidades para nossa comunidade."

    Na Aldeia Fontoura, a equipe está instalada em uma creche, onde realizará as atividades até sexta-feira, 27. Após o término do trabalho, o grupo planeja retornar à Aldeia Santa Isabel, assim que o período de luto for concluído.


    Tags:  PNAB,  Projeto,  Extensão,  Opaje,  Aldeia Fontoura,  Secult,  Ilha do Bananal,  Proex.  
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