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    Pesquisa da UFT transforma casca de pequi em painéis aglomerados
    SUSTENTABILIDADE

    Pesquisa da UFT transforma casca de pequi em painéis aglomerados

    Os painéis desenvolvidos têm um potencial considerável para o mercado

    Por  Virgínia Magrin | Revisão: Paulo Aires  | Publicado em 13/08/2024 - 14:06  | Atualizado em 24/10/2024 - 20:15
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    No Câmpus de Gurupi da Universidade Federal do Tocantins (UFT), a professora Raquel Marchesan e sua equipe de alunos e pesquisadores embarcaram em uma busca que combina ciência, sustentabilidade e um toque de sabor regional. A pesquisa, que começou em 2021, está transformando resíduos de casca de pequi em painéis aglomerados de qualidade.

    A ideia surgiu da necessidade de encontrar alternativas sustentáveis para a produção de painéis aglomerados, tradicionalmente feitos com Pinus, madeira amplamente usada no Brasil por suas propriedades ideais. Porém, o estado do Tocantins não produz Pinus, o que levou a equipe a utilizar Eucalyptus como matéria-prima base. Apesar de seu rápido crescimento, a densidade variável do Eucalyptus apresentou desafios na compactação dos painéis, foi então que entrou em cena o pequi, fruto nativo conhecido da culinária regional.

    Foto colorida com a professora Raquel segurando um pedaço de madeira grande nas mãos
    Professora Raquel Marchesan (Foto: Daniel dos Santos)

    Passivo ambiental

    Foto colorida com os alunos premiados e a professora Raquel
    Guilherme Vieira, professora Raquel e Thatiele Moraes durante premiação do Pibic (Foto: Arquivo Pessoal)

    O pequi, cujo nome científico é Caryocar brasiliense, é amplamente consumido do norte ao centro-oeste do Brasil, gerando uma quantidade significativa de resíduos. Estima-se que 80% do fruto seja descartado, contribuindo para passivos ambientais. A professora Raquel e seus alunos, ao perceberem o potencial dessa biomassa desperdiçada, decidiram investigar sua viabilidade como componente dos painéis aglomerados.

    Raquel conta que a pesquisa revelou que a casca do pequi, quando seca e processada corretamente, melhorou significativamente a compactação dos painéis de Eucalyptus. Com a inclusão de 50% de casca de pequi, os painéis não apenas ficaram mais densos e resistentes à tração, mas também apresentaram uma acústica superior. Todavia, essa mistura inicial absorvia muita água, o que poderia comprometer a durabilidade do produto.

    Para resolver o problema da alta absorção de água, a equipe adicionou compostos naturais como tanino, lignina, nanocelulose liofilizada e látex natural. Esses agentes de reforço, além de serem mais sustentáveis que os produtos derivados do petróleo, aumentaram a resistência dos painéis e reduziram a absorção de água, tornando-os adequados para uma ampla gama de aplicações industriais.

    Para a professora pesquisadora, os painéis aglomerados desenvolvidos têm um potencial considerável para o mercado, especialmente na confecção de móveis e no isolamento acústico. Além disso, explica ela, ao promover a economia circular, a pesquisa está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contribuindo para um futuro mais verde e responsável.

    Reconhecimento

    O projeto ganhou a primeira colocação no programa de iniciação científica em 2023, incentivando a continuidade dos estudos. A pesquisa é um trabalho conjunto que envolve a professora Raquel Marchesan e uma equipe de acadêmicos: Júlia Gabriela dos Santos Mendes, a pioneira no projeto; Guilherme Henrique Carvalho Vieira, que conquistou o prêmio; Karolayne Ferreira Saraiva; Thatiele Pereira Eufrazio de Moraes; e Nicoli Teixeira, que ingressou recentemente.

    A equipe planeja futuras combinações e proporções de casca de pequi com outros componentes naturais, visando a economia circular e a produção de painéis sustentáveis para móveis e isolamento acústico.

    Foto colorida com imagem de um pedaço do aglomerado e uma placa preta, escrita PIBIC em branco com uma lupa branca encima.
    O aglomerado ganhou a primeira colocação no programa de iniciação científica em 2023 (Foto: Daniel dos Santos)


    Tags:  Gurupi,  Pesquisa,  Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais,  Engenharia Florestal,  Propesq,  Festival do Pequi.  
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