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    Início do curso de Licenciatura Intercultural Indígena marca avanço para os povos originários do Tocantins
    LICENCIATURA INDÍGENA

    Início do curso de Licenciatura Intercultural Indígena marca avanço para os povos originários do Tocantins

    Curso atende a uma demanda histórica por formação superior para povos indígenas do Tocantins, promovendo educação intercultural e inclusão

    Por  Virgínia Magrin e | Revisão: Paulo Aires  | Publicado em 07/01/2025 - 16:37  | Atualizado em 07/01/2025 - 20:16
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    Nesta terça-feira (7), a Universidade Federal do Tocantins (UFT) deu início ao curso de Licenciatura Intercultural Indígena, uma iniciativa que atende a uma antiga demanda dos povos indígenas do estado por formação docente superior. A aula magna, realizada no Câmpus de Palmas, marcou uma nova etapa para 39 alunos pertencentes a quatro povos indígenas diferentes, oferecendo formação em nível de 1ª licenciatura, com duração prevista de quatro anos.

    O curso, parte do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica – Parfor Equidade, é voltado tanto para professores que já atuam em sala de aula quanto para outros membros das comunidades indígenas que desejam ingressar na docência. A abertura contou com a presença de representantes da universidade, professores e líderes indígenas, além de uma palestra ministrada pelo professor aposentado da UFT, Odair Giraldin, um dos percursores da ideia na universidade e no estado, que falou sobre "os três cês no ofício do professor".

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    Marco

    Reijane Pinheiro da Silva, coordenadora do Parfor Equidade, destacou a importância do curso como resposta a uma demanda antiga das comunidades indígenas do Tocantins. “Temos muitos professores indígenas em sala de aula sem formação superior, e queremos contribuir com a educação indígena no estado, além de promover uma troca de saberes entre as comunidades indígenas e a universidade”, afirmou. Ela também ressaltou que a presença de estudantes indígenas na UFT potencializa a produção de novos conhecimentos e contribui para enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas.

    Para Luciane Silva de Sousa, coordenadora local do Parfor, o início do curso representa um marco histórico. “Desde 2013 estamos trabalhando na organização de uma matriz curricular que atendesse às demandas dos povos indígenas do estado. O Parfor Equidade trouxe essa possibilidade, permitindo que esses povos alcancem uma graduação sem precisar sair do estado”, explicou. Luciane também expressou esperança de que o curso seja o ponto de partida para uma oferta contínua de formação intercultural na UFT.

    Expectativa

    Entre os estudantes está Alexandre Xerente, que atua há oito anos como professor dos anos iniciais e agora busca aprimorar seus conhecimentos. “A nossa meta é aprender mais, para levar esse conhecimento à nossa comunidade e incentivar outros a ingressarem no curso. Estou muito animado e grato pela recepção da UFT”, relatou. Ele também enfatizou a importância de aprender novas ferramentas, especialmente digitais, para aplicar em suas práticsa pedagógicas.

    Só na comunidade Xerente, 14 pessoas estão participando da formação (Foto: Virgínia Magrin)

    Consolidação

    O pró-reitor de Graduação da UFT, Eduardo Cezari, destacou que o curso representa a consolidação de mais de 20 anos de esforços da universidade em prol das comunidades indígenas. “Trata-se de um projeto pioneiro, voltado à formação de professores para atuarem diretamente nas aldeias e escolas indígenas do estado. Esse curso também serve como piloto para futuras iniciativas destinadas a essas comunidades”, afirmou.

    O professor aposentado Odair Giraldin, que teve papel fundamental na concepção do curso, celebrou o início das atividades. “Fico muito feliz que o curso começou com um grupo de professores experientes. Ver essa iniciativa finalmente se concretizar é motivo de grande esperança para a relação entre a universidade e os povos indígenas do Tocantins”, comentou.

    Parfor Equidade

    No primeiro semestre de 2024, a UFT ofertou 110 vagas para três novos cursos de licenciatura - Intercultural Indígena, Educação Escolar Quilombola e Educação Bilíngue de Surdos - por meio do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica, o Parfor Equidade.

    O programa é uma iniciativa da CAPES em parceria com a SECADI/MEC e visa atender às redes públicas de educação básica, promovendo a inclusão de comunidades historicamente afastadas da educação superior. Segundo o pró-reitor Eduardo Cezari, “O Parfor Equidade permite que a universidade compreenda melhor as dinâmicas e demandas específicas de comunidades indígenas, quilombolas e bilíngues, além de repensar suas práticas pedagógicas”.


    Tags:  Palmas,  Prograd,  Parfor Equidade,  Licenciatura Intercultural Indígena.  
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