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Estudantes vivenciam experiência prática no Cerrado durante atividade de campo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins
Entre os dias 3 e 5 de outubro de 2025, estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente (PPGCiamb), do Câmpus de Palmas, e da graduação em Ciências Biológicas, do Câmpus de Porto Nacional, participaram de uma atividade de campo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (EESGT), localizada no município de Rio da Conceição, no sudeste do Tocantins.
A iniciativa integrou requisitos curriculares e proporcionou uma vivência prática essencial em uma das principais áreas de conservação do bioma Cerrado, permitindo aos alunos ampliar seus conhecimentos sobre biodiversidade, gestão ambiental e políticas de preservação.
Criada em 2001, a EESGT é uma unidade de conservação federal de proteção integral, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com mais de 700 mil hectares, o espaço é reconhecido pela riqueza de sua fauna e flora e, por se tratar de área de acesso restrito, recebe visitantes apenas para fins de pesquisa e educação, mediante autorização. Esse caráter singular transformou a visita em uma oportunidade rara e estratégica para a formação acadêmica dos alunos.
As professoras responsáveis reforçaram a importância pedagógica da iniciativa. A coordenadora do PPGCiamb, Carla Simone Seibert, ressaltou que integrar graduação e pós-graduação fortalece o processo de aprendizado. “Atividades que integram a pós-graduação com a graduação são cruciais para a formação completa dos nossos alunos, promovendo a troca de experiências e o aprofundamento do conhecimento em campo”, destacou.
Já Patrícia Martins Guarda, vice-coordenadora do PPGCiamb, descreveu a Estação como um espaço privilegiado para a prática científica. “A Estação Ecológica se mostrou um verdadeiro laboratório a céu aberto. A visita a essa unidade de conservação permitiu aos estudantes compreender os desafios da gestão ambiental e a importância de políticas sustentáveis aplicadas a esses territórios”, declarou.
Para a professora Elineide Eugênio Marques, que também integra o PPGCiamb e o curso de Ciências Biológicas, a vivência extrapola os muros da universidade. “As atividades de extensão que envolvem graduação e pós-graduação são fundamentais por promoverem o diálogo entre o conhecimento científico e as realidades locais, ampliando o impacto da nossa pesquisa e da formação dos alunos na sociedade”, disse.
A voz dos estudantes
A doutoranda do PPGCiamb, Selma Alecrim, destacou a força do contato direto com o bioma. “O Cerrado revela uma riqueza impressionante de espécies e paisagens, e estar nesse ambiente reforça a necessidade de sua preservação”, afirmou.
Rafael Nascimento, da graduação em Ciências Biológicas, apontou o caráter coletivo e integrador da atividade. “Participar dessa atividade foi uma experiência enriquecedora. Tive a oportunidade de conhecer a diversidade do Cerrado e me integrar com meus colegas, alunos da pós-graduação e as professoras envolvidas”, destacou.
Já o estudante indígena Tewasi Iny, da aldeia Fontoura, na Ilha do Bananal, enfatizou a possibilidade de levar o aprendizado para sua comunidade. “A experiência foi muito interessante, pois o aprendizado poderá ser compartilhado na aldeia à qual pertenço. Estar na Unidade de Conservação reforçou o valor do trabalho de preservação do meio ambiente”, disse.
Formação para além da sala de aula
A atividade de campo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins consolidou-se como um modelo de aprendizado interdisciplinar, no qual o rigor da pós-graduação se alia à curiosidade e energia da graduação.
Ao promover a integração entre diferentes níveis de ensino, a ação não apenas fortaleceu a compreensão técnica sobre a biodiversidade do Cerrado, mas também inspirou futuros pesquisadores e gestores ambientais a se tornarem agentes ativos na defesa e preservação desse bioma vital.
“A experiência reafirma o compromisso da Universidade Federal do Tocantins e de seus programas de ensino com a sustentabilidade e a formação de profissionais preparados para os desafios socioambientais do país”, finalizou a coordenadora Carla.