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Alunos do Profiap participam de oficina sobre educação escolar quilombola em comunidades no Jalapão
A vivência promovida pelo Mestrado Profissional em Administração Pública (Profiap/UFT) proporcionou aos estudantes uma imersão nas realidades das comunidades quilombolas do Tocantins, fortalecendo o compromisso da Universidade Federal do Tocantins com a formação cidadã e a integração entre ensino, pesquisa e extensão. A atividade, organizada dentro da disciplina Estado, Governo e Administração Pública, ocorreu entre os dias 20 e 24 de novembro últimos, teve como foco a educação escolar quilombola e buscou aproximar o conhecimento acadêmico das práticas sociais e da gestão pública em contextos diversos.
A atividade foi coordenada pelo professor Adriano Castorino que reuniu mestrandos que integram a turma fruto de convênio entre o Profiap/UFT e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Durante a atividade, os participantes puderam analisar aspectos da gestão educacional em comunidades quilombolas, observando desde a estrutura física das escolas até o funcionamento da oferta educacional, alimentação escolar e materiais didáticos disponibilizados.
As atividades de campo ocorreram nas comunidades quilombolas de Lajeado, em Dianópolis; Rio Novo, Mumbuca e Carrapato, em Mateiros; e Prata, em São Félix do Tocantins. Em cada localidade, o grupo se reuniu com lideranças locais, professores e representantes das comunidades, além de visitar prédios escolares e promover momentos de escuta sobre os desafios enfrentados na oferta da educação básica.
A proposta pedagógica da oficina reforça o compromisso institucional da UFT em articular diferentes dimensões do conhecimento. Ao aliar a reflexão teórica às práticas observadas em campo, a atividade demonstrou como políticas públicas e modelos de gestão se materializam — ou ainda encontram barreiras — nas realidades vividas por grupos historicamente marginalizados, como os quilombolas.
Formação para transformação social
Para o professor Adriano Castorino, responsável pela disciplina, essa experiência cumpre um papel essencial na formação de gestores públicos comprometidos com a transformação social:
“Mais do que um exercício acadêmico, a oficina representa o esforço da UFT em unir ensino, pesquisa e extensão. Ao levar o mestrado até as comunidades quilombolas, mostramos que o aprendizado acontece também fora da sala de aula, ouvindo lideranças, conhecendo os desafios e reforçando que a universidade pública deve estar presente no cotidiano dessas populações.”
A professora Lenny Francisca de Souza, da comunidade quilombola do Prata, enfatizou a importância da atividade:
"A atividade desenvolvida pelo professor Castorino foi uma oportunidade para que os acadêmicos conheçam, de perto, os problemas e os desafios de uma escola quilombola".
O coordenador do Profiap na UFT, professor George Brito, frisou a relevância do contato direto dos mestrandos com as diversas realidades da administração pública.
"Tem tudo a ver com o trabalho que os gestores e servidores que estão fazendo o programa e estão envolvidos na política pública educacional, no financiamento estudantil, na melhoria da qualidade da educação. É importante contemplar a realidade que temos nas comunidades quilombolas para que consigam compreender a importância de muitas necessidades que essas comunidades apresentam, não apenas para sobrevivência, mas na busca de uma educação que realmente integre e consiga chegar em todos os rincões do Brasil"