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Alunos do curso de Licenciatura Intercultural Indígena vivenciam integração entre saberes em Palmas
Os 36 alunos da primeira turma do curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal do Tocantins (UFT) seguem com suas atividades acadêmicas em um contexto de intensa troca de saberes e vivências culturais. Essa semana, eles estão vivenciado experiências pedagógicas que, tanto contribuem para que conheçam a cidade de Palmas, como permitem também que a cidade os conheça.
O grupo é composto por representantes dos povos Iny-Javaé, Mehin-Krahô e Akwe-Xerente, e muitos deles percorreram distâncias superiores a 900 km para chegar à capital, atravessando trajetos desafiadores em barcos, carros alugados e ônibus, em estradas nem sempre acessíveis nessa época do ano.
Atividades
Em Palmas, os estudantes participaram de diversas atividades que promovem tanto a inserção no ambiente acadêmico quanto a interação com as instituições locais. No dia 15 de janeiro, eles visitaram a Escola de Magistratura do Tocantins (ESMAT), onde conheceram a exposição do projeto “Artes Saberes e Fazeres dos Povos Indígenas do Tocantins” e conversaram com juízes, servidores e a direção da Escola. Durante a visita, também tiveram acesso aos resultados do Projeto de Inclusão Sócio-Política dos Povos Indígenas e à biblioteca da unidade.
Na sexta-feira, 17 de janeiro, os alunos participaram de uma sessão de cinema no Espaço Cultural, onde assistiram ao filme Ainda Estou Aqui. A produção retrata a história de Eunice Paiva, advogada especialista em direitos indígenas, e servirá de base para debates sobre os direitos dos povos originários na contemporaneidade.
De acordo com a professora Reijane Pinheiro da Silva, coordenadora do curso, “a importância desse primeiro módulo reside na inserção desses alunos no ambiente acadêmico, na familiarização com a cidade e com as instituições que atuam junto aos povos indígenas no Estado”.
A programação segue na semana de 20 a 27 de janeiro, com visitas à Defensoria Pública do Estado, onde os estudantes conversarão com a defensora do Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos Humanos (NUCORA), Dra. Letícia, e receberão representantes da FUNAI e da Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) para articulações sobre o apoio aos próximos módulos do curso.