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    Acadêmicos e egressos da UFT contam como empreender virou alternativa de carreira
    EMPREENDEDORISMO UNIVERSITÁRIO

    Acadêmicos e egressos da UFT contam como empreender virou alternativa de carreira

    No Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas, histórias de alunos e ex-alunos mostram que empreender nem sempre é escolha, mas pode abrir novos caminhos

    Por  Daniel dos Santos  | Publicado em 27/06/2025 - 10:42  | Atualizado em 27/06/2025 - 11:14
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    No Brasil, o 27 de junho é dedicado ao Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas. A data reconhece o papel desses negócios na economia nacional. Na Universidade Federal do Tocantins (UFT), histórias de estudantes e egressos mostram como o empreendedorismo tem sido uma alternativa — muitas vezes forçada — frente a um mercado de trabalho instável.

    O professor Kleber Abreu, que leciona disciplinas de Empreendedorismo e Inovação no curso de Administração, explica que o microempreendedorismo costuma surgir em diferentes contextos, como o desemprego, a busca por autonomia ou a identificação de nichos de mercado. “Apesar das discussões sobre empreendedorismo terem chegado tardiamente às universidades, hoje o tema se tornou estratégico. As mudanças no mundo do trabalho e da tecnologia exigem esse novo olhar”, aponta.

    homem negro de barba fazendo selfie
    João Pedro Monteiro formou-se recentemente em Jornalismo (Foto: Acervo pessoal)

    Empreender por necessidade

    O egresso de Jornalismo João Pedro Farias Monteiro foi um desses que entrou no mundo do empreendedorismo não por escolha, mas por falta de oportunidades. “Não quis empreender, simplesmente não tinha emprego que pagasse mais de dois mil reais. A UFT me ajudou porque conheci muita gente durante o TCC e muitos trabalhos que consigo hoje vêm dos amigos que fiz na graduação”, relata.

    João fundou a agência Contra, voltada à produção audiovisual e assessoria política. Entre os trabalhos de destaque, está a campanha vitoriosa para a Reitoria da UFT. Mas ele também fala sobre as dificuldades de manter uma empresa no Brasil. “Recebia dez mil de um cliente e conseguia ficar com, no máximo, mil. Os impostos são muito altos. A empresa acabou, mas seguimos com a parceria. Hoje, mesmo de forma informal, consigo mais retorno financeiro do que se estivesse em um emprego tradicional”, afirma.

    Com equipamentos próprios, ele segue produzindo para empresas como o Grupo Nícia (representante do Boticário na região Norte), escritórios de advocacia e arquitetura, entre outros. Apesar disso, João é realista: “Empreender não é bom. Eu me acostumei, mas não trocaria por outra coisa agora porque nossa área virou sinônimo de escravidão.”

    homem de terno e gravata mexendo no computador em uma mesa e escritório
    Eduardo Kilibarda é egresso de Administração e atualmente mestrando pelo Profiap (Foto: Acervo pessoal)

    Três empresas, um mestrado e muita história

    Eduardo R. Kilibarda, formado em Administração pela UFT e atualmente mestrando no Profiap/UFT, também acumula uma trajetória empreendedora robusta. Sua jornada começou em 2009, no ramo da construção civil em São Paulo, passando depois por comércio de tecidos e investimentos imobiliários.

    Hoje, Eduardo é dono de três empresas:

    • AutoCare, especializada em suporte administrativo e financeiro para oficinas mecânicas;

    • MySupply, fornecedora de matéria-prima em aço para indústria e para o setor público;

    • ConectValor, portal de notícias sobre economia e desenvolvimento regional que estreia em outubro.

    Ele destaca o papel da universidade na construção de sua rede de contatos: “A UFT me proporcionou além de conhecimento e senso crítico, valiosos amigos, sócios e até concorrentes. A universidade é um ecossistema essencial para o empreendedor”.

    Eduardo destaca ainda que nada vem fácil: “É preciso abdicar de tempo com a família e se dedicar aos estudos e ao aperfeiçoamento. Mas quando você acredita e tem apoio, o esforço se justifica. O empreendedorismo é uma arte que se aperfeiçoa no dia a dia, e a universidade é uma aliada fundamental nesse processo.”

    Mulher de cabelo liso e comprido e usando jaleco
    Nayane é estudante de Engenharia de Alimentos (Foto: Acervo pessoal)

    Empreendendo enquanto se forma

    No caso da estudante de Engenharia de Alimentos Nayane Teixeira, o empreendedorismo entrou na vida de forma colaborativa e afetiva. Casada com uma corretora de imóveis, juntas abriram uma empresa de administração de aluguel por temporada, Cerrado Stay. Ao mesmo tempo, Nayane se prepara para abrir sua empresa de consultoria na área industrial de alimentos, ainda antes da formatura.

    Atuante no ecossistema empreendedor jovem do Tocantins, ela é coordenadora de negócios da Associação de Jovens Empresários e Empreendedores (AJEE) e diretora comercial da empresa júnior Cajú. “A universidade sempre esteve presente. Desde o início, a UFT apoiou projetos, liberou transporte e professores. O nome da UFT abre portas”, destaca.

    Nayane também é crítica quanto à postura dos estudantes diante das oportunidades. “Acho que o que falta mesmo hoje em dia é a proatividade do aluno. O esforço sozinho não garante tudo, mas é necessário. É preciso correr atrás”, aconselha.

    Mais do que uma disciplina

    Para o professor Kleber Abreu, exemplos como esses ilustram a importância de incluir o empreendedorismo no cotidiano universitário, não apenas como uma disciplina. “Cada vez mais cursos estão incluindo o tema em seus Projetos Pedagógicos. É uma forma de preparar os alunos para um mundo que exige criatividade, resiliência e visão de oportunidade”, conclui.

    Enquanto muitos enfrentam o desafio de empreender como alternativa ao desemprego, outros veem nisso um caminho para inovar, se posicionar no mercado e encontrar autonomia profissional. Seja por necessidade ou vocação, as trajetórias dos empreendedores ligados à UFT mostram que, com apoio e rede, é possível transformar ideias em realidades — e dificuldades em conquistas.


    Tags:  Jornalismo,  Engenharia de Alimentos,  Administração,  Profiap.  
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