Oportunidades e Ameaças

Considerando os aspectos regionais e históricos apresentados no campo Caracterização da Proposta e considerando os Projetos de Desenvolvimento Institucional (PDI’s) da UFT, do IFTO e o Planejamento Estratégico da UFNT, para analisar as influências do ambiente interno e externo sobre o PPGEMaT, inspiramo-nos na análise SWOT, cuja ferramenta de gestão toma assento no estudo das forças (Strengths), fraquezas (Weaknesses), oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) em relação ao PPGEMaT. A literatura indica que as oportunidades e ameaças são inerentes ao ambiente externo, enquanto as forças e fraquezas referem-se ao ambiente interno ao PPGEMaT.

A análise estratégica é uma técnica de investigação do ambiente interno e externo de uma organização cujo objetivo é subsidiar a visão de futuro institucional, no nosso caso, do Programa de Pós-Graduação em Educação em Matemática no Tocantins (PPGEMaT), bem como a definição das ações centrais a serem adotadas para alcançá-la.

Deste modo, indicamos possíveis oportunidades e ameaças em relação ao ambiente externo ao PPGEMaT:

1. Oportunidades:

1.1. A potencial demanda de formação em nível stricto sensu em Educação Matemática, de egressos dos cursos de Licenciatura em Matemática e Pedagogia e de professores que ensinam matemáticas na Educação Básica.
1.2. A quantidade de doutores com produção adequada para participar do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática no Tocantins (PPGEMaT).
1.3. A localização geográfica do estado do Tocantins é estratégica para a consolidação do PPGEMaT como possível Programa de referência da Região Norte, considerando que o estado faz fronteira com os estados do Pará, Mato Grosso, Goiás, Piauí, Maranhão, Bahia.
1.4. A criação de redes de pesquisa a partir da vinculação de professores de IES de estados circunvizinhos.
1.5. A inserção e visibilidade da produção em Educação Matemática no/do Tocantins a nível nacional e internacional.

2. Ameaças:

2.1. Baixa procura pelo PPGEMaT.
2.2. Falta de liberação do trabalho dos estudantes para fins de estudos.
2.3. Evasão e retenção de estudantes, especialmente em função de questões de ordem financeira.
2.4. Não integração de alguma IES à Rede Tocantinense de Educação Matemática (REduMaT).
2.5. Problemas com a rede de internet e/ou sistemas computacionais.

Continuando com a análise de ambiente, indicamos a seguir possíveis forças e fraquezas em relação ao ambiente interno ao PPGEMaT:

1 Forças:

1.1. Potencial para o desenvolvimento de pesquisas, considerando a heterogeneidade na constituição do corpo docente e a riqueza sociocultural tocantinense e amazônica.
1.2. A participação de professores de outras IES vinculados ao PPGEMaT e suas experiências no desenvolvimento de pesquisas.
1.3. Possibilidade de publicação viabilizada pela presença de editoras próprias das instituições associadas e pela parceria com periódicos da área de Ensino.
1.4. Perspectiva de inovação tecnológica com a constituição da REduMaT para a oferta do PPGEMaT, com a proposição da oferta no câmpus de Arraias, TO.
1.5. Boa infraestrutura de espaço e equipamentos no Câmpus de Arraias;
1.6. Conta com interesse, apoio e compromisso da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Secretaria Estadual de Educação (SEDUC-TO) e Fundação de Aparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT) com a formação e manutenção do PPGEMaT.
1.7. Vínculo dos docentes permanentes com cursos de Licenciatura em Matemática e Pedagogia e com projetos de pesquisas e extensão na Educação Básica.

2. Fraquezas:

2.1. Falta de experiência de alguns docentes em orientação de pesquisas a nível de Mestrado
2.2. O quantitativo de publicação de artigos em Periódicos em Qualis A com base nos critérios da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
2.3. Possível evasão e retenção de estudantes por falta de familiaridade com o ritmo requerido para o desenvolvimento de pesquisa científica na pós-graduação stricto sensu.
2.4. Baixa inserção dos pesquisadores em parcerias internacionais.
2.5. Região menos atrativa para missão presencial de pesquisadores estrangeiros.

Ao analisar o cenário para a implantação e implementação do PPGEMaT, torna-se prudente identificar riscos que podem afetar o desempenho do programa. Neste sentido, a gestão dos possíveis riscos está alinhada com a análise de ambiente e com os objetivos estratégicos do Programa, permitindo, assim, o tratamento adequado dos eventos (riscos), melhorando qualitativa e quantitativamente as pesquisas e demais ações do PPGEMaT.

Para efeitos de construção, em sintonia com o Projeto de Desenvolvimento Institucional das Instituições Associadas, categorizamos os riscos em: estratégicos e operacionais. Entendemos como riscos estratégicos aqueles que poderão afetar o alcance dos objetivos e estarão diretamente ligados à tomada de decisões; e riscos operacionais aqueles que poderão englobar todas as possíveis falhas internas decorrentes de deficiências ou inadequação de processos, estrutura, pessoas, sistemas e tecnologias.

Deste modo, indicamos possíveis riscos estratégicos e operacionais em relação ao PPGEMaT (5 estratégicos e 6 operacionais), totalizando 11 riscos e a previsão de 24 ações de mitigação:

Risco Estratégico 1: Não aprovação da APCN

Ações de Mitigação:

i) Diálogo com experts de programas em rede, para fins de orientação no processo de elaboração e propositura da APCN.
ii) Manutenção de reuniões periódicas para discussão e elaboração de melhorias.
iii) Constituição de comissão específica composta por docentes das instituições associadas.

Risco Estratégico 2: Não adesão das IES à REduMaT

Ações de Mitigação:

i) Estabelecimento de diálogo com as instituições com vistas a elaboração de uma carta manifestando interesse na aprovação e manutenção da APCN.
ii) Oficialização do termo de cooperação técnica entre as instituições associadas.

Risco Estratégico 3: Inviabilidade do funcionamento do Programa no Câmpus de Arraias

Ações de Mitigação:

i) Realocação do polo para outro câmpus ou outra instituição associada no Tocantins (IFTO, UNITINS, UFNT).
ii) Estabelecimento de comissão própria para análise da situação e apreciação no Colegiado do Programa.

Risco Estratégico 4: Produção quantitativa insatisfatória de publicações em estratos superiores por parte dos docentes e discentes do Programa

Ações de Mitigação:

i) Participação nos grupos de pesquisas para produção de artigos científicos para fins de publicação;
ii) Organização de livros e capítulos de livros com docentes do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática no Tocantins (PPGEMaT) e de outros Programas de Pós-Graduação;
iii) Organização e publicação de dossiês temáticos, números ou seções especiais em periódicos científicos da área de Ensino

Risco Estratégico 5: Falta de experiência de alguns docentes em orientação de pesquisas a nível de Mestrado

Ações de Mitigação:

i) Interação, na equipe, de pesquisadores experientes e pesquisadores recém doutores nos projetos de pesquisas do programa (PPP), nos seminários, nas disciplinas e grupos de pesquisas.
ii) Realização de orientação com a coorientação de docente experiente.

Risco Operacional 1: Falta de infraestrutura e pessoal para desenvolver as atividades do PPGEMaT

Ações de Mitigação:

i) Estabelecimento de diálogo com as IES associadas a fim de garantir as condições plenas para funcionamento do PPGEMaT;
ii) Busca de parceria entre servidores das instituições associadas que possam colaborar com a gestão do PPGEMaT.

Risco Operacional 2: Negativa dos professores para integrar o corpo docente do PPGEMaT

Ações de Mitigação:

i) Estabelecimento de diálogos em relação à importância do PPGEMaT e ao cumprimento da função social das IES.
ii) Publicação de editais para credenciamento e recredenciamento de docentes permanentes e colaboradores no PPGEMaT.

Risco Operacional 3: Baixa procura de candidatos ao PPGEMaT

Ações de Mitigação:

i) Investimento em divulgação do PPGEMaT e de suas ações em sites, redes sociais e outros meios de comunicação.
ii) Divulgar o PPGEMaT nos cursos de Licenciatura em Matemática e Pedagogia, nas secretarias e diretorias de educação.

Risco Operacional 4: Não adequação do horário de trabalho dos discentes para o desenvolvimento satisfatório das atividades do Programa

Ações de Mitigação:

i) Oferta do Curso em finais de semana e períodos de recesso escolar.
ii) Parceria com as redes estadual, municipal e particular de educação básica do Tocantins.

Risco Operacional 5: Evasão e retenção de estudantes, por motivos financeiros e/ou inerentes à prática da pesquisa

Ações de Mitigação:

i) Disponibilização de bolsas de estudos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT), da própria Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) ou ainda de projetos de professores do programa;
ii) realização de encontros entre professores e estudantes, em diferentes espaços curriculares do Programa (Grupos de Pesquisa, Vivências, disciplinas) para fins de estudos e orientação.

Risco Operacional 6: Problemas com a rede de internet e/ou sistemas computacionais

Ações de Mitigação:

i) Gravação das atividades desenvolvidas nos polos que estão virtualmente operantes;
ii) Busca permanente pela manutenção da qualidade de acesso à internet nos espaços de estudos dos três polos do PPGEMaT.

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