OPAJE

A UFT passa a integrar o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Observatório Nacional dos Preconceitos

Pesquisa trata da alfabetização midiática, combate à desinformação e como discursos de ódio são propagados nas mídias sobre indígenas e quilombolas

A Universidade Federal do Tocantins, por meio do Observatório de Pesquisa Aplicadas ao Jornalismo e ao Ensino da Universidade Federal do Tocantins (Opaje-UFT) e do projeto de pesquisa "Alfabetização midiática e combate à desinformação: discurso de ódio propagados nas mídias nortista sobre indígenas e quilombolas", passa a integrar o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Observatório Nacional dos Preconceitos (INCT-ONP).

A pesquisa na UFT é coordenada pelo professor Gilson Porto, também coordenador do Opaje-UFT. O projeto conta com a participação de uma bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A iniciativa busca promover processos educativos inclusivos para enfrentar a desinformação e o discurso de ódio direcionado a comunidades tradicionais nas mídias da região Norte.

Segundo o professor Gilson Porto,

“A relevância da proposta está na necessidade de formar indivíduos bem-informados e críticos, capazes de enfrentar os desafios da desinformação. A pesquisa pretende compreender as práticas discursivas usadas na construção do discurso de ódio voltado às comunidades indígenas e quilombolas.”

Na última sexta-feira (9), integrantes do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Observatório Nacional dos Preconceitos (INCT-ONP) se reuniram para discutir ações do programa voltadas ao fortalecimento da pesquisa sobre preconceito e intolerâncias no Brasil. A iniciativa faz parte da Chamada MCTI/CNPq/SECTICS/MS/CAPES/FAPs nº 46/2024, que apoia o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT).

Com sede na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordenado pela professora Ana Raquel Rosas Torres, o Observatório reúne 14 universidades brasileiras e 15 instituições estrangeiras da América Latina e da Europa. A rede colaborativa tem como objetivo consolidar um centro internacional de inovação em pesquisa, conectando especialistas e estudantes por meio de abordagens interdisciplinares e transdisciplinares para enfrentar diferentes formas de discriminação.

Perspectivas para 2026

Ao longo de 2026, o INCT-ONP vai intensificar suas ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, com foco em ampliar a participação de grupos na produção de conhecimento sobre preconceitos, intolerâncias e seus impactos sociais. O Observatório pretende se tornar uma referência nacional e internacional na promoção de práticas e políticas voltadas ao enfrentamento das desigualdades e da violência simbólica no Brasil.