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    Pesquisadores da UFT e UEMA sobem às copas das árvores para mapear insetos do Cerrado
    PESQUISA EM BIODIVERSIDADE

    Pesquisadores da UFT e UEMA sobem às copas das árvores para mapear insetos do Cerrado

    Projeto testa armadilhas de voo para coletar moscas e outros insetos no Centro de Pesquisas Canguçu e nas imediações do Parque Estadual do Lajeado

    Por  danieldossantos  | Publicado em 05/06/2025 - 12:56  | Atualizado em 16/06/2025 - 17:52
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    Moscas, vespas, besouros voadores e muitos outros insetos vivem tão alto nas árvores que raramente são estudados. Para mudar esse cenário, os pesquisadores Tiago Krolow da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Francisco Limeira-de-Oliveira, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), uniram forças num trabalho inédito no Tocantins.

    Em expedição de coleta financiada pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) e realizada no mês de maio, a dupla instalou três armadilhas de interceptação de voo — chamadas Malaise — a até 25 metros de altura no Centro de Pesquisas Canguçu (região de transição Cerrado-Amazônia) e em área próxima ao Parque Estadual do Lajeado, no Cerrado “raiz”. Essas redes funcionam como “tendas” que capturam os insetos que passam voando, direcionando-os para frascos de coleta.

    “Queremos descobrir quem mora lá no alto. A maioria dos insetos conhecidos foi coletada ao nível do solo. O dossel das florestas representa é um “mundo” a parte, um grande mistério em termos de espécies”, explica Krolow, especialista em diversidade de moscas.

    dois homens seguram bandeira em meio a vegetação e uma armadilha para pegar insetos aparece ao fundo
    Tiago Krolow (UFT) e Francisco Limeira (UEMA) são parceiros em pesquisa inovadora (Foto: Acervo/Tiago Krolow)

    Por que isso importa?

    • Primeira vez no estado – É o primeiro estudo contínuo nas copas de árvores tocantinenses, com coleta planejada para um ano inteiro.
    • Novas espécies – O material deve render registros de distribuição de espécies inéditos e, possivelmente, espécies novas para a ciência.
    • Troca de saberes – Limeira acrescenta sua vasta experiência de campo oriunda de sua atuação em um grande projeto nacional, o INCT BioDossel, que monitora insetos na Amazônia em parceria com Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Universidade de São Paulo (USP). Ele adaptou a metodologia às florestas mais baixas do Tocantins e treinou a equipe local.

    Próximos passos

    As armadilhas serão verificadas duas vezes ao mês para trocar frascos, checar cabos e registrar dados de temperatura e umidade. O Laboratório de Entomologia (LabEnt), no Câmpus de Porto Nacional, receberá as amostras para triagem e identificação. Uma vez identificado, o material será depositado na Coleção de Entomologia da UFT (CEUFT) e na Coleção Zoológica da UEMA (CZMA).

    “A colaboração com o professor Limeira só acontece graças ao apoio institucional e ao intercâmbio entre UFT e UEMA. É ciência feita a muitas mãos e com objetivo claro: conhecer melhor nosso patrimônio natural”, conclui Krolow.

    Quando o ciclo de 12 meses terminar, os pesquisadores planejam divulgar um catálogo ilustrado dos insetos de copa do Cerrado tocantinense e publicar artigos científicos. Até lá, os frascos coletados devem contar muitas histórias de asas que a gente ainda nem imagina.

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    Agradecimentos: Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio Nº 442499/2023-0), intitulado “ComCerrado: Nexus da SocioBiodiversidade e Sustentabilidade em Tempos de Mudanças Globais”; e Bolsas de Produtividade em Pesquisa – (PQ/CNPQ Nº 310214/2021-1).

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