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    Clube de Leitura Negra, projeto de extensão do Câmpus de Arraias, está na etapa final do Prêmio VivaLeitura
    EXTENSÃO

    Clube de Leitura Negra, projeto de extensão do Câmpus de Arraias, está na etapa final do Prêmio VivaLeitura

    Com investimento de R$ 550 mil, premiação reconhece 25 iniciativas de incentivo à leitura e escrita em escolas e espaços culturais

    Por  Samuel Lima e | Revisão: Paulo Aires  | Publicado em 15/12/2025 - 13:42  | Atualizado em 15/12/2025 - 14:31
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    O Clube de Leitura Negra, projeto de extensão originado no curso de Pedagogia do Câmpus de Arraias, no Núcleo de Pesquisa e Extensão Artesania, é um dos habilitados para a etapa final da 9ª edição do Prêmio VivaLeitura, na categoria "Práticas Continuadas em Espaços Diversos". Os vencedores do Prêmio serão conhecidos em 2026, mas criadores, colaboradores e integrantes do projeto já comemoram o resultado.

    A divulgação da lista dos projetos habilitados foi feita pelos ministério da Educação (MEC) e da Cultura (Minc), em parceria com a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação (OEI), na última segunda-feira, 8 de dezembro. Serão distribuídos R$ 550 mil em premiações, reconhecendo 25 práticas inovadoras que incentivam a leitura e a escrita em escolas, bibliotecas e outros espaços culturais de todo o país. O primeiro colocado de cada categoria receberá R$ 50 mil e os quatro selecionados, R$ 15 mil.

    Acesse a lista dos projetos habilitados para a etapa final - Prêmio Vivaleitura 2025

    Iniciativa na graduação

    O embrião da iniciativa no Câmpus de Arraias foi gestado como projeto de extensão no Núcleo de Pesquisa e Extensão Artesania, vinculado ao curso de Pedagogia. O hoje pedagogo e mestrando em Educação (UFU), Olavo Lisboa dos Santos, contou à reportagem do Portal da UFT que "o Clube nasceu em meio às inquietações com o silenciamento das vozes negras na formação docente. Ele surge como projeto de extensão, devidamente cadastrado e aprovado para funcionamento durante o ano de 2023".

    Montagem com prints da primeira reunão on-line do Clube de Leitura Negra (Imagens: Divulgação)
    Montagem com prints da primeira reunão on-line do Clube de Leitura Negra (Imagens: Divulgação)

    Ele relembra que inicialmente o projeto havia sido pensado para envolver exclusivamente estudantes do Câmpus de Arraias. Em diálogo com a professora do curso de Pedagogia, Elisabete da Silveira, e com a estudante do curso Fabiana Dias, decidiram migrar para o formato on-line. "Isso possibilitou que pessoas de diferentes lugares pudessem participar. Essa decisão transformou completamente o Clube. Três anos depois, já ultrapassamos 60 inscrições ao longo da trajetória e contamos, atualmente, com 41 membros ativos, distribuídos em 13 estados brasileiros com todas as regiões do país representadas", contou Santos, que hoje é integrante do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais.

    Acesse o Perfil do Clube na rede social

    Identidade negra

    A docente Elisabete, que registrou o projeto de extensão dando início ao Clube e coordena o Núcleo Artesania, destacou a presença do clube em vários estados, interligando a juventude negra tanto em cursos de graduação quanto da pós-graduação. "Nós temos hoje uma entrada bem importante de juventude negra nas universidades. E o Clube de Leitura Negra ajuda a fortalecer a identidade desses jovens negros, tanto do Tocantins quanto de outros lugares do Brasil. Então, é muito importante essa leitura, esse debate, porque não é só uma leitura, mas uma leitura com debate, com reflexão, e tudo isso vai fortalecendo a identidade negra da juventude. Acho que algo que é importante ressaltar também é o protagonismo de um graduando jovem, tocantinense, negro, de um curso de Pedagogia", pontuou.

    Outro docente Leonardo Rodrigo Soares, do colegiado do curso de Turismo Patrimonial e Socioambiental do Câmpus de Arraias e integrante do Núcleo de Pesquisa e Extensão Artesania, conta que o projeto tem grande força transformadora, e que "nasce do enfrentamento ao apagamento histórico de autoras e autores negros nos espaços acadêmicos. Por meio da leitura, do debate e da valorização dessas produções, é promovido o letramento racial, a consciência crítica e o fortalecimento identitário dos participantes". Ainda segundo o docente, "para além da universidade, o clube atua diretamente na sociedade, contribuindo para o combate ao racismo estrutural, para a valorização de saberes historicamente silenciados e para a construção de uma educação comprometida com a justiça social, a equidade racial e o cuidado coletivo". 

    A acadêmica e também integrante do Núcleo Artesania, Fabiana, frisou a importância do destaque do projeto na premiação. "Ser finalista do Prêmio VivaLeitura 2025 reafirma a relevância e o impacto dessa iniciativa na promoção da educação antirracista e da justiça social". Ela afirmou ainda que o Clube é um potente espaço de formação, escuta e pertencimento. "Ao promover a leitura de autores e autoras negras, o projeto fortalece entre os jovens arraianos o reconhecimento e a valorização de sua ancestralidade, fundamental em um município marcado por uma expressiva população negra. Mais do que incentivar a leitura, o Clube constrói identidade, consciência crítica e orgulho da história afro-brasileira local", afirmou.

    Transformação por meio da leitura

    Criado em 2006, o VivaLeitura já premiou diversas iniciativas que transformaram comunidades por meio da leitura. É o caso do projeto “Jegue Livro”, no Maranhão, que levou acervos literários a zonas rurais em cestos de jegue, e da “Borrachalioteca”, biblioteca criada em uma borracharia na periferia de Sabará (MG), que virou ponto de encontro para leitores da região. Esses são exemplos de como a leitura, quando acessível e próxima do cotidiano das pessoas, pode mobilizar territórios e criar redes de troca e aprendizado. A iniciativa foi recriada pela Portaria Interministerial nº 4, de 26 de maio de 2025.

    Segundo as informações do Ministério da Cultura, e conforme o edital do certame, são contempladas cinco categorias: bibliotecas públicas, comunitárias e privadas; escolas públicas, privadas e bibliotecas escolares; práticas continuadas em espaços diversos; escrita criativa; e projetos realizados em unidades prisionais e centros socioeducativos. Serão premiadas 25 iniciativas, com um vencedor e quatro finalistas por categoria. Os vencedores receberão R$ 50 mil e os finalistas, R$ 15 mil.

    Nesta edição do VivaLeitura foi registrada o maior número de inscritos dos últimos dez anos. Foram 1.848 projetos vindos de 782 cidades, com participação de todas as regiões do país. Em cada categoria foram habilitadas cinco experiências; projetos que mostram a diversidade e a riqueza de iniciativas que se espalham nesse Brasil Leitor. (Com informações do MEC e do Minc)

    2025115 Olavo com a escritora Conceição Evaristo (Divulgacao Arquivo Pessoal) 2.jpeg
    2025115 Olavo com a escritora Djamila Ribeiro (Divulgacao Arquivo Pessoal).jpeg
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    2025115 Olavo com a escritora Sueli Carneiro (Divulgacao Arquivo Pessoal).jpeg
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    Tags:  Arraias,  Pedagogia,  Núcleo de Pesquisa e Extensão Artesanias,  Leitura antirracista,  Clube de Leituras Negras,  Premiação,  VivaLeitura.  
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