Ir para o conteúdoIr para a navegaçãoIr para o rodapé
logo
Acesso Rápido
Acesso à InformaçãoComunicaçãoConcursos e SeleçõesLocalização e ContatosOuvidoria
 Entrar
Universidade Federal do Tocantins
Logo UFTUniversidade Federal do Tocantins
    Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative Commons Atribuição-SemDerivações 3.0
    ComunicaçãoPonto de VistaArtigos Publicados
    COP30: Um marco de participação e compromisso com o futuro
    PONTO DE VISTA

    COP30: Um marco de participação e compromisso com o futuro

    Liliana Naval relata bastidores e vivências que mostram uma COP30 estruturada, plural e guiada pela voz de crianças e jovens

    Por  Liliana Naval e | Revisão: Paulo Aires  | Publicado em 19/11/2025 - 11:34  | Atualizado em 03/12/2025 - 15:55
    Compartilhe:

    A COP30, realizada em Belém, tem sido acompanhada por relatos que destacam desafios e tensões próprias de um evento global dessa magnitude. Mas, para quem viveu de perto sua organização e suas múltiplas agendas, a impressão é outra: trata-se de uma conferência bem estruturada, diversa e muito necessária. A COP30 tem mostrado que a Amazônia não é apenas um tema das negociações, mas um território, que acolhe o mundo com generosidade e protagonismo.

    Entre as muitas vozes presentes, uma se destacou de forma inédita: a participação direta de crianças e adolescentes. Em um momento decisivo para o planeta, reconhecer que elas são o futuro e também o presente, é um gesto político e ético. Sua inclusão qualificada nas discussões climáticas representa um marco, e nos lembra que suas percepções, medos e sonhos precisam ser seriamente considerados.

    Nesse contexto, o Museu das Águas Brasileiras (UFT), em parceria com o Instituto Alana, coordenou a iniciativa “Cartas para a COP”, que reuniu cerca de mil cartas de crianças do Brasil e de outros países. Nessas mensagens, elas compartilham preocupações e propostas sobre clima, água, direitos e futuro. É um material sensível, potente e profundamente humano.

    Todas as cartas estão sendo lidas antes de sua entrega à Presidência da COP30. Essa leitura prévia não é um filtro de conteúdo: é uma exigência ética e legal. Segue princípios da proteção integral assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU. É nosso dever garantir confidencialidade, cuidado, segurança e respeito à voz dessas crianças.

    O museu, como parte das programações paralelas, também participou do projeto Banzeiro da Esperança, da Fundação Amazônia Sustentável, contribuindo para a formação de jovens e lideranças dos povos da floresta. Essa experiência ampliou a força das narrativas amazônicas e reforçou a importância de incluir aqueles que vivem e defendem o território como protagonistas das soluções climáticas.

    Outro momento marcante foi a exposição “Vamos Falar Sobre Água”, organizada no Museu de Arte de Belém (Mabe), em parceria com o Instituto Mundo. O evento reuniu especialistas, artistas, jovens lideranças e a Rede Internacional de Museus da Água. Foi um espaço de diálogo sobre água, cultura e escassez hídrica, reafirmando o papel dos museus na educação, na ciência cidadã e na mobilização social.

    Liliana Naval na COP30 - Foto: Divulgação

    Apesar das críticas e dificuldades naturais, considero a COP30 um evento bem-sucedido, plural e inspirador. Suas agendas, debates e encontros mostram que o Brasil tem capacidade institucional e sensibilidade humana para liderar temas ambientais globalmente. A mensagem que fica é simples: não há futuro climático possível sem ouvir as crianças, sem fortalecer a juventude, sem respeitar a floresta e sem proteger a água.

    A COP30 tem sido, para mim, um espaço de esperança ativa. Uma esperança que chama à ação responsável, sensível e coletiva. E que se renova na confiança que quase mil crianças depositaram ao escrever suas cartas e compartilhar seus sonhos conosco.

    Conforme as diretrizes estabelecidas, os textos publicados na seção Ponto de Vista do Portal UFT são de responsabilidade de seus autores e autoras. As opiniões expressas nestes artigos são pessoais e não refletem, necessariamente, o posicionamento institucional da Universidade.

    Sobre a autora

    Liliana Naval

    Liliana Naval é diretora do Museu das Águas Brasileiras da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

    Leia mais

    Carregando
    Envie seu texto para a seção "Ponto de Vista" do Portal UFT


    Tags:  Ponto de Vista,  Opinião,  UFTnaCOP30.  
    Compartilhe:

    Atenção!

    Esse site utiliza cookies

    Esse site faz uso de cookies

    CÂMPUS
    CURSOS
    GESTÃO
    Redes Sociais

    Universidade Federal do Tocantins

    Todo conteúdo do site está publicado sob a licença Creative Commons - 1.1.49.