UFT discute implantação de Museu-aldeia, nessa quarta-feira (25)

Nessa quarta-feira (25), foi realizada uma reunião para apresentação do projeto "Museu-Aldeia: Centro de Formação e Memória dos Povos Indígenas no Tocantins”. A proposta visa promover a valorização, a preservação e a fruição dos patrimônios culturais indígenas no Tocantins e no Brasil, considerando sua importância para a inclusão social, a cidadania e o desenvolvimento sustentável.

O principal problema que pretende-se resolver com a proposta é a falta de um museu, ou equipamento cultural semelhante, que tematize a riqueza e a diversidade das culturas dos povos indígenas que vivem no Estado do Tocantins. A presença e consolidação de um Museu-Aldeia será fundamental para essa área da região norte, cuja população ainda não está contemplada com políticas públicas museais e educacionais destinadas à valorização e conhecimento da cultura material dos povos indígenas.

"A proposta do Museu-Aldeia busca ser um espaço para o protagonismo indígena, um equipamento cultural que tem potencial para a valorização da nossa diversidade étnica, o turismo com base local e uma posição decolonial das relações museológicas. Como já temos uma reserva técnica bem expressiva, estamos trabalhando para qualificar nossas peças e no futuro articular com outras instituições museológicas a permuta de coleções e colocar o Tocantins no roteiro das exposições", explicou o coordenado do grupo de trabalho, Marcelo Cleto. 

A construção de um memorial indígena que já conte com Reserva Técnica, espaço para exposições permanentes e permutas, laboratório de audiovisual, sala de aula, dentre outros será importante para a sociedade, nacional e local, pois articula um processo de documentação e valorização permanente das coleções, com um processo também permanente de formação de estudantes indígenas e não indígenas e professores do ensino básico.

A solução da UFT

A proposta  do Museu-Aldeia surge com a Coleção Etnográfica doada à UFT em 2012 pelo Prof. Dr. Vanderlei Mendes de Oliveira e que constitui um acervo de aproximadamente 1000 artefatos produzidos pelos mestres e mestras dos povos Apinajé, Krahô, Gavião, Canela, além de várias horas de gravações de entrevistas com lideranças importantes já falecidas, fotos e material fílmico.

A construção do Museu-Aldeia também permitirá e realização de atividades formativas para estudantes e professores, indígenas e não indígenas, com a participação de mestras e mestres dos saberes tradicionais, com o intuito de atender a lei 11.645/2008, no que tange ao ensino de história dos povos indígenas brasileiros no ensino básico e superior.

A proposta é que seja também um centro de formação especializada, reunindo pesquisadores indígenas e não indígenas, bem como o próprio curso de Licenciatura Intercultural a ser implantado na instituição.

Estiveram presentes na reunião:

Vice-reitor: Marcelo Leineker

Chefe de gabinete: Emerson Subtil Denicoli

Pro-reitora de extensão: Maria Santana

Pelo Projeto:

Prof. Marcelo Cleto (coordenador)

Profa. Regina Célia Padovan

Profa. Reijane Pinheiro

Prof. Marcelo Gonsales

Prof. Heber Gracio