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    UFT desenvolve projeto de estágio com estudantes indígenas, em Miracema
    INCLUSÃO SOCIAL

    UFT desenvolve projeto de estágio com estudantes indígenas, em Miracema

    Em estágio colaborativo, alunos indígenas desenvolvem e aplicam projetos em suas comunidades

    Por  fabiana.araujo1 e | Revisão: Paulo Aires  | Publicado em 16/07/2025 - 12:48  | Atualizado em 17/07/2025 - 11:48
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    A Universidade Federal do Tocantins (UFT) tem se destacado por promover a inclusão e a superação de desafios no ensino superior, oferecendo apoio e oportunidades para que estudantes indígenas concluam sua graduação. Essa trajetória tem mobilizado professores e alunos em uma missão conjunta de transformação por meio da educação.

    Estudantes indígenas Genivaldo Waene Xerente e Larieny Smikadi de Brito Xerente durante o estágio supervisionado. (Foto: Divulgação)

    Para que estudantes em situação de vulnerabilidade possam concluir sua formação acadêmica, a atuação colaborativa de professores na elaboração de estratégias inclusivas é fundamental. Com esse propósito, a professora Célia Maria Grandini Albiero, responsável pelo Estágio Supervisionado II e prestes a completar 38 anos de dedicação ao Serviço Social, em Miracema, compartilhou uma experiência enriquecedora vivenciada com estudantes indígenas no primeiro semestre de 2025.

    Segundo a professora, foi uma jornada acadêmica "muito rica" e positiva. Ela relata ter recebido, no Estágio II, a estudante indígena Larieny Smikadi de Brito Xerente, da Aldeia Ktēpo, que enfrentava dificuldades para concluir a atividade curricular. “A aluna precisava cumprir uma carga horária maior e teria que estagiar na área da saúde, que lhe era desconhecida”, explica.

    "Apesar dos desafios, a professora, com o apoio da coordenação do curso, de uma supervisora de campo (ex-aluna), da Central de Estágio e da Assistência Estudantil, elaborou um plano de trabalho específico. Uma estratégia crucial foi parear Larieny com o colega Genivaldo Waene Xerente, da Aldeia Rio Sono Ktēkakâ, que já atuava na área da saúde em outra unidade de estágio. Juntos, desenvolveram o projeto de intervenção de forma colaborativa."

    “Graças à colaboração de todos e à dedicação da aluna que estava prestes a trancar o curso, foi possível superar as dificuldades. Ambos foram aprovados com boa nota e concluíram mais horas do que o exigido. O projeto será executado em suas cidades e em uma aldeia indígena, e escreveremos um artigo científico juntos, com a participação das supervisoras e da professora”, destaca Célia.

    Larieny enfatiza a importância do apoio recebido durante o processo. “Para mim, foi essencial a atuação das supervisoras de campo e de estágio, sempre nos dando esclarecimentos em todos os contextos, tanto na prática quanto na sala de aula. É importante abrir espaço para novas propostas e projetos, e isso tem sido suprido com atenção ao estágio e a quem está estagiando”, afirmou.

    Ela também destacou os desafios enfrentados por estarem em municípios diferentes: “Eu estou em Miracema e o meu colega está em Tocantínia. Isso foi um desafio. Mesmo com o uso das redes sociais e outros meios, o contato pessoal ainda faz muita diferença. Trabalhar em dupla foi muito bom, pelo fato de sermos do mesmo povo, de sermos indígenas, isso reforçou ainda mais esse lado positivo. Contribuiu muito para que fosse uma ótima experiência, um ótimo estágio.”

    Genivaldo, indígena da Aldeia Rio Sono Ktekakâ, destacou a importância da troca de apoio mútuo e de experiências com os colegas durante o semestre, “Nossos supervisores nos forneceram orientação técnica e ética. Isso nos ensina a aprimorar nossa prática profissional, porque, para estudantes provenientes de territórios indígenas ou comunidades mais afastadas, como nós, a adaptação pode trazer desafios, incluindo a necessidade de utilizar uma língua diferente para se comunicar, tanto com outros indígenas quanto com não indígenas”, esclarece.

    A Universidade se posiciona com projetos que oferecem amplo apoio a estudantes em situação de vulnerabilidade, reafirmando a importância de incluir a cultura indígena nas práticas acadêmicas. Valorizar essas vivências significa reconhecer os povos originários e promover trocas culturais que enriquecem tanto a formação dos estudantes quanto a atuação profissional. Essa postura não é apenas uma escolha ética, mas um princípio que fundamenta o exercício da profissão.


    Tags:  Culturas indígenas,  Central de Estágio,  Miracema,  Serviço Social.  
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