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Trabalho da UFT sobre política antimanicomial no Judiciário vence etapa regional de mostra nacional em Psicologia
O trabalho intitulado “Fortalecimento da Política Antimanicomial no Poder Judiciário do Estado do Tocantins: Um Relato de Extensão Universitária”, desenvolvido por estudantes e docentes do curso de Psicologia do Câmpus de Miracema da Universidade Federal do Tocantins (UFT), foi o vencedor da etapa regional da I Mostra Nacional de Práticas Profissionais em Psicologia. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Conselho Regional de Psicologia da 23ª Região (CRP-23).
A iniciativa chamou atenção por explicar a responsabilidade ética e social da Psicologia na edificação de uma sociedade mais equitativa, abrangente, inclusiva e livre de práticas manicomiais. O trabalho premiado evidencia a força da união entre a formação acadêmica, o exercício da profissão e a promoção dos direitos humanos, influenciando diretamente as ações do sistema judiciário do Tocantins.
Com a realização de quatro formações continuadas, o projeto alcançou um total de 800 participantes. A etapa estadual contou com a presença de profissionais dos 139 municípios tocantinenses, enquanto as formações descentralizadas foram promovidas nos municípios de Miracema, Palmas e Araguaína.
Segundo a professora do curso de Psicologia da UFT, Juliana Biazzi, a iniciativa foi além da qualificação técnica: “Além da qualificação profissional, construímos um modelo de registro para elaboração, monitoramento e avaliação do Projeto Terapêutico Singular. Com o desenvolvimento do projeto, contribuímos para um atendimento mais humanizado e singularizado a pessoas em cumprimento de medida de segurança.”
O trabalho foi desenvolvido em parceria com o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO).
O CRP-23 parabenizou a equipe vencedora pela significativa colaboração para a Psicologia do Brasil e pelo reforço das diretrizes governamentais que visam a honra e a autonomia de indivíduos com transtornos mentais.
A atuação premiada reafirma o compromisso da Psicologia com os princípios da Reforma Psiquiátrica e com a construção de práticas de cuidado em liberdade, sustentadas pelos direitos humanos e pela ética profissional.