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Recém-formada em Jornalismo vence prêmio nacional com podcast sobre as tradições sonoras tocantinenses
Recém-formada no curso de Jornalismo do Câmpus de Palmas, Gabriela Santos, conquistou o primeiro lugar na categoria Podcast do prêmio da Rede de Folkcomunicação, com o episódio desenvolvido para o projeto Raízes Sonoras, produzido como seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sob a orientação da professora Valquíria Guimarães.
O podcast tem como objetivo dar visibilidade ao Projeto Tambores do Tocantins e ao papel do grupo na preservação de ritmos tradicionais do estado, como a Suça e a Catira, manifestações culturais que muitas vezes permanecem desconhecidas pela própria comunidade tocantinense. A ideia da autora foi transformar esse universo cultural em uma narrativa sonora envolvente, capaz de aproximar novos públicos das tradições populares do Tocantins.
Para Gabriela, o podcast contribui diretamente para o registro e a valorização das tradições populares tocantinenses.
“Ele contribui justamente ao documentar e dar espaço de escuta e contexto para essas manifestações. Ao registrar os ritmos, as histórias e as experiências de quem mantém essas tradições vivas, o episódio ajuda a documentar saberes que, muitas vezes, são transmitidos apenas oralmente.Além disso, ao colocar esses conteúdos em formato de podcast, a gente amplia o alcance dessas vozes, tirando-as dos seus territórios de origem e levando para outros públicos que talvez nunca tenham tido contato com esses ritmos’’, afirma.
A construção do roteiro começou com uma fase intensa de pesquisa, incluindo leituras, levantamento bibliográfico e entrevistas realizadas em Porto Nacional, sede do Tambores do Tocantins. Gabriela conversou com o criador do projeto, Mestre Márcio Bello dos Santos, além de professores e alunos envolvidos com a iniciativa. A partir desse material, roteirizou os três episódios do Raízes Sonoras, equilibrando informação, relatos e elementos sonoros.
Ela destaca ainda o papel da Universidade nesse processo: “Quando a gente traz essas histórias para dentro da academia e da mídia, estamos dizendo que elas também são legítimas, importantes e merecem espaço nos debates sobre cultura, comunicação e sociedade”.