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    Mestranda da UFT desenvolve estudo sobre ecologia reprodutiva do jacaré-açu no Tocantins
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    Mestranda da UFT desenvolve estudo sobre ecologia reprodutiva do jacaré-açu no Tocantins


    Por  gihane  | Publicado em 09/02/2024 - 12:41  | Atualizado em 13/05/2024 - 21:09
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    Formada em 2008 pela Universidade de Franca (UNIFRAN), Barthira Rezende de Oliveira já acumula mais de 15 anos na biologia, dez somente como herpetóloga. Já tentou outras áreas, como entomologia e genética, mas foi com os répteis e anfíbios que encontrou sua paixão.

    Aos 36 anos, a herpetóloga desenvolve seu projeto de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ecologia e Conservação (PPGBEC) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) relacionado à ecologia reprodutiva da espécie jacaré-açu (Melanosuchus niger). O trabalho é o primeiro a estudar a reprodução específica do animal no estado.

    A pesquisa vem sendo desenvolvida no Centro de Pesquisa Canguçu UFT, localizado em frente a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal, no Parque Nacional do Araguaia. O local é área de transição entre os biomas Cerrado e Amazônia.

    Ecologia reprodutiva

    A ecologia reprodutiva envolve questões diversas: estudo dos padrões de reprodução e comportamentos relacionados, época de procriação, locais de nidificação e incubação de ovos, cuidados parentais e outras. No projeto, o foco está na caracterização dos locais de nidificação e aspectos reprodutivos do jacaré-açu.

    “Infelizmente, as informações sobre a espécie na região do Parque Nacional do Araguaia são bem escassas. Por isso, estou desenvolvendo esse projeto sobre a caracterização dos locais de nidificação e aspectos reprodutivos do jacaré-açu na região", comenta Barthira.

    "Em outras regiões da Amazônia, já existe conhecimento a respeito da ecologia reprodutiva da espécie, mas no estado do Tocantins, não. É uma área de importância ecológica altíssima, além de ser um sítio Ramsar, zona úmida de importância ecológica internacional. Com esse estudo, espero contribuir com o conhecimento sobre a espécie na região, além de auxiliar no desenvolvimento de estratégias de conservação dos jacarés”, afirma a bióloga.

    Barthira explica que o projeto auxiliará no desenvolvimento de estratégias de conservação da espécie, como planos de manejo e definição de áreas prioritárias dentro de unidades de conservação. Paralelo à pesquisa, realizará também estudos complementares, como censos populacionais, que ajudam a identificar a situação da estrutura etária da população de crocodilianos na região.

    “Quando encontramos um ninho, anotamos as características do ambiente, fazemos a biometria dele e dos ovos. Tentamos coletar o máximo de informações possíveis para nos auxiliar tanto nas análises quanto no entendimento da espécie com o ambiente em que ela vive”, relata ela.

    “Os crocodilianos têm uma taxa aproximada de 1% de filhotes que chegam à fase adulta. Então, nem todos os ovos eclodem, existe predação dos ninhos por outros animais e, também, pelo ser humano. Nós acompanhamos o desenvolvimento do embrião por meses. Chegar ao ambiente e encontrar sinais de eclosão é algo gratificante”, finaliza.

    Carreira de herpetóloga

    Além de desenvolver esse projeto, a herpetóloga atua em consultoria ambiental, o que a permite ter contato com outros grupos que englobam a herpetofauna (como anuros, quelônios e serpentes) e realizar levantamentos e monitoramentos desse grupo.

    Barthira também faz parte de alguns projetos de pesquisa que são desenvolvidos no Laboratório de Caracterização de Impactos Ambientais (LCIA), na UFT.

    “Eu tomei a frente de fazer o projeto nessa área, e espero abrir portas para outros trabalhos, de outras pessoas. O sentimento é como uma quebra de barreiras. Uma mulher fazendo esse tipo de trabalho dá uma força”, explica a herpetóloga.

    “Temos poucas mulheres no campo, principalmente na conservação de crocodilianos. Infelizmente, o caminho para mulheres na ciência sempre foi difícil. Hoje, faço parte de importantes grupos de especialistas no assunto, tento divulgar que é possível ser mulher e trabalhar com esses animais, e espero inspirar outras para que elas entendam que a herpetologia também é para mulheres”, finaliza.

    Canguçu Ciência: um bate-papo com Barthira Oliveira sobre o jacaré-açu

    A herpetóloga e mestranda do PPGBEC UFT esteve, ano passado, no programa de rádio Canguçu Ciência (UFT FM 96,9), falando sobre o papel e a importância das mulheres na Ciência e, claro, sobre os fascinantes jacarés-açus.

    Confira curiosidades e informações muito interessantes sobre a espécie, num bate-papo entre Barthira e o coordenador do Canguçu, o professor Renato Pinheiro.

    Siga o Canguçu no Instagram e no Spotify para conhecer todas as pesquisas desenvolvidas no observatório científico da UFT. 

     

     

     

     

     

     


    Tags:  Porto Nacional,  Propesq,  Home,  PPGBec,  Canguçu.  
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