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Em 14 cidades do Tocantins, Exato traz à tona os Desafios do Saneamento no País como tema da redação
Neste domingo, 19 de outubro, mais de 12 mil candidatos participaram da segunda edição de 2025 do Exame de Acesso ao Ensino Superior do Tocantins (Exato 2025), realizado simultaneamente em 14 municípios do estado. Os inscritos enfrentaram uma prova objetiva com 80 questões de múltipla escolha, distribuídas em quatro áreas do conhecimento. Além disso, o certame exigiu a produção de uma redação dissertativa-argumentativa ou uma carta ao leitor sobre o tema: "Os desafios do saneamento básico no Brasil".
A escolha do tema reforça a necessidade de análise crítica sobre a persistente desigualdade de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário no país, elementos cruciais para a saúde pública e a proteção ambiental. Os candidatos tiveram a oportunidade de discorrer sobre como a ausência de infraestrutura adequada perpetua um ciclo de doenças de veiculação hídrica, afeta a produtividade econômica e a qualidade de vida, sublinhando a urgência de políticas públicas eficazes e da ampliação da participação privada para reverter o cenário de atraso em um dos setores mais vitais para o desenvolvimento humano.
Além disso, a relevância do tema se justifica também pelo alinhamento direto com o edital do Exato 2025. O tema foi selecionado dentro do macrotema "a) Meio ambiente: sustentabilidade, clima e modos de produção", sendo este disponibilizado antes do dia da prova, com o objetivo claro de estimular a preparação prévia e permitir que os estudantes construíssem um repertório sociocultural robusto, garantindo que o debate sobre questões nacionais urgentes, como esta, seja elevado ao centro da prova.
Para a pró-reitora de Graduação, Valdirene de Jesus, a escolha do tema reflete o papel social da Universidade em pautar debates cruciais para o desenvolvimento regional e nacional. Ela enfatizou que a problemática do saneamento, vista a partir do contexto do Tocantins, é um espelho das dificuldades que se repetem em todo o Brasil. "Nós temos aqui municípios muito pequenos e uma série de comunidades, povos tradicionais, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos, que não têm acesso a saneamento básico. Isso afeta diretamente a saúde e a qualidade de vida", afirmou.
A pró-reitora ressaltou que, com as ameaças das mudanças climáticas, como secas e inundações, o debate sobre a disponibilidade e contaminação de recursos hídricos se torna urgente, justificando plenamente a inclusão da temática no exame de acesso.