Crianças e adolescentes com deficiência aprendem a fazer animais do Cerrado em artesanato de biscuit

Agora, os animais do Cerrado feitos em artesanato em biscuit foram produzidos pelas mãos das crianças e adolescentes com deficiência que são atendidos no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) Márcia Dias Costa Nunes, em Palmas. Destinada ao público, a atividade foi possível por meio de oficinas oferecidas pelas estudantes da Universidade Federal do Tocantins (UFT)  e as produtoras artísticas, Júlia Guedes e Layanne Martins.

As estudantes realizaram ao longo deste mês e do mês de outubro, as oficinas do projeto "O Cerrado é pop" em algumas escolas municipais de Palmas e também no CAEE. O projeto tem o objetivo de eternizar os animais do Cerrado nas esculturas de biscuit, no estilo Funko Pop, que são bonecos de cabeças gigantes.

No CAEE, as atividades contaram com a participação de alunos surdos, com deficiência visual e transtorno do espectro autista, que tiveram o apoio de intérpretes de Libras para promover a acessibilidade ao trabalho das artesãs. Também realizaram a oficina pais e servidores do CAEE para auxiliar no processo de aprendizagem dessas crianças e adolescentes.

Para as artesãs, a produção de atividades manuais em geral, como o artesanato em biscuit, têm uma influência positiva no desenvolvimento cognitivo de crianças de todas as idades. “É uma forma de despertar a criatividade deles. Acredito que atividades manuais têm uma influência positiva no desenvolvimento infantil”, afirmaram.  

O projeto conta com o apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic 2023), da Fundação Cultural de Palmas (FCP), que busca fomentar a criação de bens artísticos e culturais, com o apoio às diversas culturas que habitam Palmas.  As artesãs fazem parte do coletivo Pop Queens, grupo formado por mulheres negras, pertencentes à comunidade LGBTQIAP+ e universitárias, que busca crescer profissionalmente por meio do trabalho artesanal.

O coletivo tem realizado o trabalho desde o começo da pandemia, em 2020, ao encontrarem no artesanato novo modo de renda e de distração durante a urgência sanitária que o mundo passava. Hoje, as produtoras artísticas possuem uma página no Instagram, onde divulgam todo o trabalho. As agendas de pedidos dos bonecos estão fechadas, por conta da alta demanda que tiveram ao longo de 2023.