Câmpus Porto Nacional busca parcerias para fortalecimento do Projeto de Acolhimento a Estudantes Indígenas e Quilombolas

A diretora do Câmpus Porto Nacional da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Etiene Fabbrin, visitou, na última quinta-feira (23), a Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins (Sepot) para apresentar o Projeto de Acolhimento e Permanência de Estudantes Indígenas e Quilombolas da universidade. Acompanhada da assistente social Laranna Prestes e dos estudantes Anna Niwslly (quilombola da comunidade Dona Juscelina) e Paulo Fernando Bruwe Xerente, a diretora foi recebida pela secretária Narubia Werreria.

Reunião na Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins (Sepot) (Foto: Manoel Júnior/Sepot)

O relatório apresentado à Sepot inclui uma avaliação parcial do projeto, realizada por meio da análise de indicadores propostos para cada ação concluída até o início do semestre 2024/1. A avaliação abrange sete dimensões de atuação: acolhimento, moradia, alimentação, transporte, inclusão social, apoio psicossocial e apoio pedagógico.

Durante a reunião, a diretora Etiene Fabbrin buscou articular parcerias com a Sepot para aquisição de equipamentos de informática para os estudantes e reforma da casa do estudante em Porto Nacional. Atualmente, a casa do estudante tem ocupação de 80% por indígenas e quilombolas.

"Essa aproximação com a secretaria e, mais especificamente, com a secretária dos povos originários e tradicionais do tocantins, nos traz muito ânimo e também perspectivas de desenvolvimento desse projeto, de ampliação das nossas políticas institucionais com relação ao acolhimento e permanência dos estudantes indígenas e quilombolas. Nós levamos demandas específicas relativas à casa do estudante externa, relativas à aquisição de equipamentos por estudantes indígenas e quilombolas e também reforçar a importância da presença da secretária aqui no nosso câmpus, porque essa presença junto aos estudantes, nos fortalece enquanto câmpus, estudante e também a nossa política", afirma.

Em 2023, o Câmpus Porto Nacional idealizou e executou, de forma pioneira, o Projeto Piloto de Acolhimento e Permanência de Estudantes Indígenas e Quilombolas. O objetivo da iniciativa foi realizar ações de acolhimento, integração, permanência e integralização. As ações visam atender aos estudantes do público-alvo do projeto de forma equitativa, além de estarem previstas em diversas dimensões do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e do Plano de Desenvolvimento do Câmpus (PDC).

Estudantes Indígenas da UFT Câmpus de Porto Nacional (Foto: Daniel dos Santos)

As atividades do projeto foram desenvolvidas pela Direção do Câmpus Porto Nacional e suas subunidades, com a colaboração da Coordenação Acadêmica (Cordac), da Divisão de Estágio e Assistência Estudantil (Diest), do Setor de Transporte (Setran), do PET Indígena, da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proest), da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proex) e da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). O projeto também contou com o apoio de lideranças indígenas, da Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Porto Nacional, da Fundação Municipal da Juventude de Porto Nacional e da Coordenação Local da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Tocantínia.

Com o apoio da Sepot, o Câmpus Porto Nacional espera fortalecer o projeto e garantir melhores condições de permanência para os estudantes indígenas e quilombolas. A iniciativa visa contribuir para a formação integral desses estudantes e para o seu sucesso na vida acadêmica.