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    UFT forma primeira mestra quilombola em Serviço Social do Quilombo Boi de Carro
    REPRESENTATIVIDADE

    UFT forma primeira mestra quilombola em Serviço Social do Quilombo Boi de Carro

    Conquista histórica simboliza resistência e abre caminho para estudantes quilombolas na universidade

    Por  Anne Karoline | Samuel Lima | e | Revisão: Paulo Aires  | Publicado em 02/10/2025 - 19:34  | Atualizado em 03/10/2025 - 17:59
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    No dia 30 de setembro de 2025, o Câmpus da Universidade Federal do Tocantins, em Miracema, registrou um marco histórico: Patrícia Pinheiro, do Quilombo Boi de Carro, defendeu sua dissertação e se tornou a primeira quilombola mestra em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSSocial).

    De acordo com as informações da professora Rosemary Negreiros de Araújo, orientadora de Patrícia, ela também foi a primeira mulher quilombola a ingressar no programa pelas cotas raciais. "Com a defesa, ela não só concluiu uma etapa acadêmica, mas abriu um caminho de inclusão e representatividade dentro da universidade pública", declara a docente. A dissertação, intitulada “Do Quilombo à Universidade Pública: Acesso e Estratégia de Resistências no Território da UFT – Miracema”, discute os desafios de estudantes quilombolas no ensino superior, o papel das ações afirmativas e as estratégias de resistência que garantem acesso e permanência.

    A defesa ocorreu por videoconferência e contou com uma banca formada por professoras de diferentes instituições. A Comissão foi presidida pela professora Rosemary, e teve a participação da professora coorientadora Luana Ribeiro da Trindade (Universidade Federal do Espírito Santo); da professora Maria Helena Cariaga Silva (UFT); e da professora Milena Fernandes Barroso (Universidade Federal de Sergipe). Conforme Rosemary, a diversidade de trajetórias trouxe olhares distintos e fortaleceu o debate sobre a presença quilombola na universidade.

    Após a arguição, a Banca aprovou a dissertação com distinção e destacou a relevância teórica, metodológica e política do trabalho. Também reconheceu a trajetória de Patrícia como mulher negra, quilombola e pesquisadora comprometida com os direitos de povos e comunidades tradicionais.

    Aluna Patrícia Pinheiro defende sua dissertação de mestrado em Serviço Social (Foto: Divulgação)

    Para a orientadora, a conquista de Patrícia é também uma vitória coletiva e representa a luta das comunidades quilombolas, dos movimentos sociais e das políticas de inclusão racial. Segundo a docente, a presença de Patrícia na Universidade já é, por si, um ato de resistência.

    “Chegar até aqui é mais que um sonho pessoal, é uma conquista para o meu povo, o Quilombo Boi de Carro. Que outras meninas quilombolas saibam que é possível ocupar esses espaços”, (Pat´ricia Pinheiro)
    O Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFT, ao celebrar esse momento, reafirma o compromisso com uma universidade pública democrática, inclusiva e antirracista. A trajetória de Patrícia, marcada pela resistência e pela ancestralidade, simboliza o encontro entre o conhecimento acadêmico e os saberes tradicionais. Mais do que um feito individual, sua conquista ecoa como uma vitória das ações afirmativas, da luta antirracista e da valorização das identidades quilombolas no ensino superior brasileiro.

    (Com informações de Rosemary Negreiros de Araújo)


    Tags:  Serviço Social,  PPGSSocial.  
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