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Parceria entre UFT e UFU desenvolve equipamento de baixo custo para produção de filmes finos e nanomateriais
Uma parceria entre a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) resultou no desenvolvimento de um equipamento spin-coater nacional e de baixo custo, capaz de realizar a deposição de filmes finos e ultrafinos com dimensões nanométricas por meio de métodos químicos. A invenção foi reconhecida com a concessão da patente “Equipamento de baixo custo para deposição de filmes finos” (BR 20 2019 010361-8), depositada em 21 de maio de 2019 e concedida em 5 de agosto de 2025 pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
O equipamento funciona com base no método de spin-coating, amplamente utilizado na produção de filmes finos. O diferencial está na redução significativa de custos, sem comprometer a qualidade estrutural dos filmes obtidos, o que possibilita sua adoção por laboratórios de ensino, centros de pesquisa e pequenas empresas que antes não tinham acesso a equipamentos comerciais de alto custo.
Os materiais nanoestruturados produzidos com o novo spin-coater apresentam potencial de aplicação em sensores, atuadores, memórias ferroelétricas e dispositivos eletroeletrônicos de alta integração, ampliando o alcance de pesquisas e inovações em nanotecnologia desenvolvidas no Brasil.
“O projeto foi motivado pela necessidade de tornar acessível a produção de filmes ferroelétricos e piezoelétricos, essenciais à pesquisa em dispositivos miniaturizados. A colaboração interinstitucional integrou competências complementares e demonstrou a viabilidade de uma tecnologia nacional eficiente. Os filmes obtidos apresentaram alta qualidade estrutural, com potencial aplicação em sensores, atuadores e memórias ferroelétricas voltadas à inovação em dispositivos eletrônicos”, explica o professor Elton Carvalho de Lima, um dos inventores e docente do curso de Engenharia Civil da UFT, no Câmpus de Palmas.
O trabalho foi desenvolvido em parceria com o pesquisador José de los Santos Guerra, da UFU, integrando esforços de grupos de pesquisa das duas universidades.
Para Cláudia Cristina Auler do Amaral Santos, diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia da UFT, a conquista reforça o papel estratégico da universidade na fronteira da pesquisa tecnológica: “Essa patente reforça o papel da UFT na fronteira da pesquisa tecnológica e na cooperação entre instituições. É uma contribuição direta ao avanço da nanotecnologia e ao fortalecimento da inovação científica no país.”
O registro oficial da patente está disponível na Revista da Propriedade Industrial e integra o portfólio de tecnologias da UFT, que reúne invenções, softwares e modelos de utilidade com potencial de aplicação no mercado.
Confira esta e outras patentes na Vitrine Tecnológica da Inovato: https://www.uft.edu.br/inovacao/portfolio-de-patentes