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Aulas de campo integram teoria e prática na formação de estudantes de Geografia da UFT
Estudantes do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Porto Nacional, participaram de uma aula de campo em Palmas, no contexto da Agrotins 2025 e do I Simpósio Praias Mais Seguras no Tocantins. A atividade teve como objetivo integrar conteúdos teóricos e práticos na formação docente.
No dia 16 de maio, durante a Agrotins, os estudantes visitaram estandes e espaços expositivos relacionados ao agronegócio, extrativismo, recursos naturais e agricultura familiar. Para o estudante Wanderson Cardoso de Oliveira Anastácio, a inclusão da agricultura familiar nesses eventos é fundamental para representar de forma mais completa o setor, inclusive no contexto do turismo de eventos.
No pavilhão da agricultura familiar, os estudantes conheceram o trabalho de grupos como a Associação de Mulheres Extrativistas da APA Cantão (Caseara) e representantes dos assentamentos Buritirana e Onálicio Barros (AMA Cantão). Essas iniciativas mostraram como a produção pode estar alinhada à conservação ambiental e ao uso sustentável dos recursos, ampliando a compreensão dos futuros docentes sobre as dinâmicas socioeconômicas do campo tocantinense.
O Roteiro Geo-turístico de Porto Nacional , coordenado pela professora Rosane Balsan e pelo professor César Evangelista Fernandes Bressanin, completa onze anos de existência e, desde 2023, é reconhecido como Programa de Extensão da UFT. Essa iniciativa proporcionou aos estudantes uma vivência direta e integrada, alinhada à ementa da disciplina Geografia do Turismo, reforçando a conexão entre teoria, prática e o território local.
O estudante Sávio Cirqueira Cunha, que desenvolve seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre a importância da aula de campo na formação docente, destacou a riqueza da atividade “Apesar de podermos observar a desigualdade social, houve momentos muito enriquecedores. Um deles foi a visita ao estande da mineração, onde tivemos acesso a diversas informações sobre rochas, fósseis e minerais do Tocantins. Foi interessante ver como temas da Geografia Física e Econômica estão presentes nesses espaços. As explicações foram conduzidas por um ex-aluno do curso de Geografia do Câmpus de Porto Nacional e por um geólogo, o que tornou o momento ainda mais significativo. A forma como fomos recebidos e a explicação detalhada dos materiais tornaram o momento muito didático e envolvente.”
Sávio destaca ainda que vivenciar no campo os temas discutidos em sala de aula é fundamental, pois amplia e concretiza a compreensão dos conteúdos, contribuindo diretamente para a formação dos futuros professores de Geografia.
A estudante indígena Sandra Krtadi Xerente também compartilhou sua experiência ao visitar o Museu de Zoologia e Taxidermia José Hidasi, vinculado à Unitins. “Foi muito emocionante. Conhecemos todos os tipos de animais. É extremamente importante termos museus como esse, que nos proporcionam aprendizado e mostram a importância do cuidado com os animais. Mesmo após a morte, os exemplares são preservados e doados, mantendo viva uma história para ser compartilhada com todos.”
A aula de campo também incluiu a participação no I Simpósio Praias Mais Seguras no Tocantins, realizado no dia 20 de junho de 2024, evento que reuniu gestores públicos e privados, profissionais da segurança aquática, acadêmicos e representantes da sociedade civil.
A professora Rosane Balsan, responsável pela coordenação do trabalho de campo, ressaltou que a participação no simpósio foi uma oportunidade importante para conhecer palestrantes que trataram de temas diversos — desde a problemática dos afogamentos no Brasil e no mundo até questões específicas do Tocantins, como o perfil dos casos fatais e detalhes da operação de resgate na tragédia da Ponte Juscelino Kubitschek. Segundo a docente, o evento também permitiu reflexões sobre o turismo de sol e praia e os cuidados necessários para garantir a segurança nesse tipo de atividade. “Considerando que o Tocantins possui mais de 100 praias oficiais, é fundamental discutir práticas seguras e sustentáveis. Foi gratificante ver meus alunos participando ativamente e acompanhando as discussões do evento”, afirmou.
Com informações de Rosane Balsan