Estudantes de Psicologia participam de ato pela Luta Antimanicomial em Palmas

Os estudantes do curso de Psicologia da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Miracema, participaram de um ato em defesa dos direitos das pessoas em sofrimento psíquico no ida 16 de maio. A mobilização foi organizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Palmas e pela Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp), como parte das atividades que marcam a Luta Antimanicomial no Brasil.

Participação dos estudantes e egressos da UFT no Movimento da Luta Antimanicomial, ação promovida pelos técnicos e usuários dos Caps de Palmas (Foto: Acervo Pessoal)

O evento aconteceu no Parque Cesamar, em Palmas, e teve a presença de profissionais da rede de saúde mental da capital, residentes da Fesp, usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), professores e estudantes de diferentes instituições de ensino. A proposta foi ocupar um espaço público para dar visibilidade ao tema e diminuir o estigma social sobre o sofrimento psíquico.

Durante a programação, os participantes compartilharam poesias, músicas, relatos de vida e trabalhos artísticos produzidos em oficinas dos Caps. Essas atividades ressaltaram a importância da autonomia e da expressão das pessoas que enfrentam desafios relacionados à saúde mental, defendendo um cuidado que respeita a liberdade e os direitos humanos.

Estudantes e egressos da UFT se somaram ao movimento, dialogando com os frequentadores do parque e distribuindo panfletos informativos sobre o 18 de Maio — data nacional da Luta Antimanicomial — e os serviços de saúde mental disponíveis em Palmas.

O 18 de Maio marca, desde os anos 1970, uma luta por liberdade e dignidade no cuidado com pessoas em sofrimento psíquico, questionando a lógica dos antigos manicômios e promovendo uma Reforma Psiquiátrica baseada no respeito, na inclusão e no tratamento em liberdade. A mobilização no Cesamar reforça a continuidade dessa luta, sobretudo num momento em que conquistas podem estar em risco.