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    Concurso "O Brasil em Preto e Branco" retrata a força e a ancestralidade da comunidade negra no Tocantins
    REPRESENTATIVIDADE NEGRA

    Concurso "O Brasil em Preto e Branco" retrata a força e a ancestralidade da comunidade negra no Tocantins

    Evento universitário destaca vozes e visões da comunidade negra através de um concurso de fotografia

    Por  Daniela Freire e | Revisão: Paulo Aires  | Publicado em 09/12/2024 - 19:39  | Atualizado em 10/12/2024 - 11:58
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    Força Ancestral. Autora: Emily Vitória Moreira de Souza

    Em um ato de resgate e valorização da história e cultura negra do Tocantins, o concurso fotográfico "O Brasil em Preto e Branco: Imagens de Negros e Negras no Tocantins" destacou a diversidade e riqueza da história e cultura da comunidade negra local. A ação foi parte integral do evento de extensão universitária "Semana da Consciência Negra: História, Territórios e Identidades Negras no Tocantins", realizado dia 18 a 20 de novembro de 2024, no câmpus de Porto Nacional.

    Promovido pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UFT, que visa abordar e realizar estudos, pesquisas e atividades sobre questões étnico-raciais, sob a coordenação do professor Adelci Santos. O concurso atraiu uma variedade de olhares artísticos e sensibilizou a comunidade acadêmica para a importância da representação negra na arte e na sociedade, a comissão para avaliação dos critérios previstos foi formada por professores além do coordenador do Neab, Marcelo Rodrigues, Mirian Tesserolli, Vera Lúcia Manduca também analisaram as fotografias.

    Quebradeira de Babaçú. Autora: Jaline Mikelly de Souza Silva

    Foram 29 fotos submetidas ao concurso. Cada participante podia enviar até 3 fotos, mas alguns enviaram menos. Estima-se que entre 12 a 15 pessoas participaram do certame. Outros critérios avaliados foram qualidade da fotografia e a não utilização de photoshop.

    As lentes das participantes que venceram o concurso capturaram com sensibilidade ao retratar a vida, a luta e a resistência do povo negro tocantinense. As imagens vencedoras foram: primeiro lugar “Força Ancestral”, de Emilly Vitória Moreira de Souza; segundo lugar, “Quebradeira de Babaçú”, de Jaline Mikelly de Souza Silva; e terceiro lugar, “Terra e Ancestralidade”, de Jussara Santos Carvalho.

    Uma das ganhadoras do concurso, Jussara Carvalho, conta a origem de sua inspiração para a foto:

    “Além de ter um significado especial para mim, por ser a foto do meu pai, o significado dele está em capturar a essência da simplicidade do trabalho na roça, o carinho pela criação, a sabedoria de um povo forte, trabalhador, que superou muito preconceito na vida e que viveu com humildade. E acredito que também todos que, assim como ele, vivem ou viveram com esse mesmo propósito, têm essa conexão com a terra, com os animais.”, afirma.
    Terra e Ancestralidade. Autora: Jussara Santos Carvalho

    A "Semana da Consciência Negra" que foi uma atividade interdisciplinar proporcionou um espaço de reflexão e valorização das histórias, territórios e identidades negras, para resgatar memórias culturais e ancestrais do Tocantins, reforçando a necessidade de um olhar crítico e inclusivo sobre a diversidade cultural brasileira.

    As atividades apresentaram experiência imersiva para além da teoria. De início, foram realizadas mesa-redonda de abertura, palestras, apresentações de capoeira e dança suça, oficina de tranças, lançamento de livros, mas também atividade extracampo que foi a visita ao Centro histórico de Natividade e ourivesarias artesanais que se utilizam de técnicas ancestrais e sítio Jacuba - casa da Mãe Romana.

    O professor Aldeci reforça a importância de comemorar a consciência negra.

    “A consciência humana não é suficiente, pois ela constrói a diferença. O índio difere do branco, o negro difere do índio, o pobre difere do rico. Ao controlar as diferenças, você cria desigualdades. A consciência negra surge para combater essas desigualdades, batalhar por mais inclusão, reconhecimento e visibilidade, afinal, a herança negra foi escravizada de forma cruel por um povo específico por quase quatrocentos anos.”, explica.

    Portanto, essa discussão no ambiente acadêmico, principalmente neste evento que atrai muitas pessoas que não são estudantes de antropologia, sociologia ou história e que não têm acesso a esse tipo de informação, é fundamental para que “não continuemos a repetir as mesmas histórias indefinidamente”, afirma Aldeci.


    Tags:  Porto Nacional,  História,  Neab,  dia da consciência negra.  
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