• HISTÓRICO NEPPI

    O NEPPI – Núcleo de Estudo e Pesquisa com Povos Indígenas do Campus de Araguaína, da Universidade federal do Tocantins, coordenado pelo Prof.  Dr. Francisco Edviges Albuquerque - foi criado e aprovado pelo Egrégio Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão - CONSEPE, da Universidade Federal do Tocantins em sessão ordinária, no dia 16 de março de 2011, através da Resolução Nº 04/2011 do CONSEPE.

    O NEPPI também visa a contribuir para o conteúdo programático dos aspectos históricos e culturais nas escolas das redes pública e privada do estado do Tocantins. Isso porque a Lei 11.645 de 10 de Março de 2008 que altera a LDB 9394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, modificada pela Lei  Nº10.639 de 9 de janeiro de 2003, para incluir no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e privados. O Art. 26 § 2º da referida Lei afirma que “os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística, de literatura e história brasileiras”.

    Portanto a criação e implantação do NEPPI se justifica pela significativa contribuição que ele trará para as pesquisas com os povos os indígenas, brasileiros, especialmente do  Tocantins, visto que esses povos ao longo dos anos de contato com a sociedade não indígenas vêm tentando manter vivas suas línguas, cultura, identidade étnica, e estão em permanente conflito com a situação soicohistórica, cultural, econômica, lingüística, geográfico e política da sociedade envolvente.

    Outro fator preponderante para criação do Núcleo, além do ingresso de alunos indígenas nos diversos cursos da UFT, através do sistema de cotas, também  a enorme  presença de vários outros povos indígenas vindos de outras regiões do País para o Tocantins, totalizando  287 indígenas, conforme dados da FUNASA/TO/GO (2010), convivendo tanto nas demais cidades do Tocantins como nas aldeias, conforme descreveremos a seguir: 01 Tapuia na Barra do Rio Verde, no município de Sandolândia, 10 Ava-Canoeiro, sendo 01(um) em Boto Velho na Lagoa da Confusão e 09(nove) em Canuanã, em Formoso do Araguaia; 29 Fulniô no município de Tocantinópolis; 41 Tuxa, sendo 10 em Canuanã, em Formoso do Araguaia, 08 desaldeados em Formoso do Araguaia, 12 em Gurupi e 01 em São João, no Formoso do Araguaia; 08 Apurinã desaldeados em Gurupi; 132 Atikum desaldeados em Gurupi; 03 Makuxi desaldeados em Gurupi; 19 Pankarau desaldeados em Gurupi; 29 Guarani, sendo 01 desaldeado em Araguaína, 01 urbano em Santa Fé do Araguaia; 13 na aldeia Kurehe, 06 na aldeia Warilyty, e 08 na aldeia Xambiá, todos  na reserva Karajá- Xambioá no muniicípio e Santa Fé do Araguaia; 11 Guajajara, sendo um na aldeia Karajá-Xambioá, em Santa Fé do Araguaia, 07 na aldeia Botica, 03na aldeia Mariazinha, ambas  na reserva Apinayé, no município de Tocantinópolis e 03 Krikati na aldeia Mariazinha, reserva Apinayé, no município de Tocantinópolis.

    Em resumo, queremos ressaltar que levamos em consideração os aspectos históricos, linguísticos, políticos, culturais e econômicos de cada povo indígena que vive no Tocantins, além das questões territoriais que envolveram os indígenas nas lutas pela demarcação de suas terras, manutenção da língua e da cultura desses povos ao longo do contato com a sociedade não-indígena..

    Em resumo, temos a certeza de que o NEPPI possa auxiliar na compreensão dos processos sócio-culturais, históricos e, sobretudo, contribuir para os estudos e pesquisas linguísticos, históricos e culturais  dos povos indígenas do Estado do Tocantins.

    Partindo dessa premissa, os principais objetivos do NEPPI - Núcleo de Estudo e Pesquisa com Povos Indígenas são proporcionar uma reflexão sobre a situação atual dos povos indígenas e desenvolver estudos e pesquisas, através de projetos de pesquisa e extensão voltados pra os questões que envolvem diretamente os povos indígenas do Tocantins e do Brasil, bem como voltado  para as pesquisas dos  alunos do Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura (PPGL), Ensino de Língua e Literatura do Campus Universitário de Araguaína.